Durante as 24 horas da Operação Produtividade Zero (entre as 8h de ontem, 9, e as 8h de hoje,10) foram registrados apenas 99 boletins em delegacias da Polícia Civil em todo o Estado de Goiás, segundo as 14 entidades da segurança pública que participaram da paralisação. O número representa 8,25% da média diária, de 1,2 mil, uma queda de 91,75%.
O balanço da operação foi apresentado nesta manhã no Instituto Médico Legal (IML), em Goiânia, pelos representantes das entidades.
De acordo com dados do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol), durante a paralisação foram registrados 12 homicídios, 70 roubos de veículos e 12 furtos de veículos. Segundo o presidente do Sinpol, Paulo Sérgio Alves, outro índice que caiu foi o de prisões em flagrante. De acordo com ele, diariamente são realizadas cerca de 100 prisões em flagrante, nessas 24 horas foram 17.
“Mostramos que a sociedade sente falta da polícia nas ruas e no atendimento nas delegacias, mas também deixamos evidente nossa insatisfação com essa política de não atender sequer os acordos feitos para reposição salarial. Nossos homens e mulheres estão doentes e desestimulados, além de muito sobrecarregados, trabalhando por três”, ressaltou Paulo Sérgio.
As categorias protestam contra o não pagamento da segunda parcela da reposição salarial, prevista em lei, de 12,33%, por parte do governo estadual.
As entidades que participaram da paralisação são Sinpol, Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (Assego), Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (ACS), Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiros Militar de Goiás (Assof), Associação das Pensionistas da PM/BM de Goiás (APPB), Associação dos Peritos Criminais e Médicos Legistas (Aspec), Associação dos Militares Inativos de Goiás (Amigo), União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci), Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal do Estado de Goiás (Sinsepgo), Associação dos Servidores do Sistema Prisional de Goiás (Aspego), Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Adpego), Sindicato dos Peritos Criminais e Médicos Legistas de Goiás (Sindperícias) e Associação dos Papiloscopistas Policiais do Estado de Goiás (Appego).
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