22 de dezembro de 2024
Brasil

Entidade de reitores das Federais vai à Justiça contra Ministro da Educação

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) pretende acionar juridicamente o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por acusações feitas por ele contra as instituições de ensino. Em uma entrevista, Weintraub acusa as universidades federais de terem “plantações extensivas de maconha” e utilizarem laboratórios para produção de drogas sintéticas.

“Foi criada uma falácia que é que as universidades federais precisam ter autonomia. Justo. Autonomia de pesquisa, autonomia de ensino. Só que essa autonomia acabou se transfigurando em soberania. Então, o que você tem? Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha. Tem plantações extensivas de maconha em algumas universidades”, afirmou Weintraub,

Por meio de nota, a Andifes se manifestou destacando que se o ministro sabe de crimes e não os comunicou às autoridades competentes “poderá estar cometendo crime de prevaricação.” Segundo a associação, Weintraub “ultrapassa todos os limites da ética pública, indo aliás muito além até de limites que já não respeitava.”

UFG

O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, destacou ao Diário de Goiás, que o ministro é “Extremamente grosseiro e descortês”. O reitor critica a postura do ministro que na avaliação dele sempre vai para o confronto.

“Reduzir a Universidade (brasileira) a este tipo de coisa é de uma infantilidade e de uma maldade profunda”, declarou o reitor. Madureira disse que a Andifes está reunindo a documentação necessária para tomar as ações judiciais.

O reitor ainda criticou o ministro da Educação dizendo que “chegou ao limite” do tolerável as declarações dadas em que a universidade é tratada como refinaria de drogas.

Seminário

A UFG está participando da organização de um seminário sobre uso de Canabis medicinal, que será de 5 a 7 de dezembro na sede do Tribunal de Contas do Estado de Goiás. Edward Madureira avalia a importância do assunto discutindo que hoje não há plantação vinculada à pesquisas, mas que isso pode ser feito de forma controlada. “Hoje, não tem plantação vinculada a nenhuma pesquisa, mas pode vir a ter “de forma controlada cientificamente”, disse o reitor”, declarou o reitor.


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