A Unidade Popular (UP) anunciou as próprias pré-candidaturas ao governo do Estado e a Presidência da República. O partido concorrerá ao Executivo Estadual com o Professor Pantaleão, e ao Executivo Nacional com Leonardo Péricles, presidente nacional do partido. Ao Diário de Goiás, o presidente do diretório da UP em Goiás, Douglas Gaspar, detalhou os motivos que levaram a tais candidaturas.
Segundo Gaspar, a UP teve conversas tanto com o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) quanto com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), já que, dentro da estratégia e tática do partido para as eleições deste ano, essas eram as duas siglas partidárias que a UP teria contato mais próximo, por entender que ambas são do mesmo campo da Esquerda que a UP.
“Dentro da Esquerda existem “N” outros campos, um campo que é colocado pela Social Democracia, pelo PT, pelo PCdoB, pelo PV. Nunca foi de nosso interesse fazer alguma conversa com esse outro grupo da Esquerda, justamente encabeçado pelo PT, haja vista a movimentação que o PT teve logo no início junto com outras agremiações, como por exemplo, com o PSB com o nome do José Eliton. Além disso, em alguns grupos foi tido como possibilidade dentro do PT o apoio a Marconi Perillo, nomes que de forma alguma a gente conseguiria apoiar, ou estabelecer algum tipo de aliança política com esses nomes que estavam sendo colocados pelo PT em Goiás”, destaca.
Mas, para o presidente da UP em Goiás, é importante realizar a ligação da eleição estadual junto com a nacional. “A Unidade Popular tem seu próprio pré-candidato à Presidência da República, que é o Leonardo Péricles, presidente nacional do partido, enquanto o PCB tem sua própria candidata, Sofia Manzano, e o PSOL está coligado junto ao PT na expectativa de eleger o Lula já no primeiro turno”, frisa Gaspar.
Importância das conversas entre partidos
Mesmo com candidaturas independentes, Gaspar ressaltou o mais importante é que houve conversas entre os partidos. “Dentro do aspecto político, e para além do quesito eleitoral, na questão de fazer luta nas ruas e de fazer um campo político dentro de Goiás, e essas forças continuam alinhadas e conversando para o próximo período que virá, que vai ser muito além de fato do período eleitoral e até mesmo antes dele”, avalia, destacando como a UP vê o cenário que se aproxima:
“A gente enquanto partido entende que existe uma articulação de um golpe por parte dos militares e do Bolsonaro para que nem aconteçam as eleições desse ano. Então o mais importante pra gente é denunciar essa questão e lutar nas ruas mesmo contra esse golpe que está sendo articulado”, pontua Gaspar.
LEIA TAMBÉM: UP lança Professor Pantaleão como pré-candidato a governador (diariodegoias.com.br)
Alianças
O presidente da UP em Goiás também detalhou o lançamento da pré-candidatura de Pantaleão ao governo do estado. “No momento em que lançamos a candidatura, que inicialmente seria ao senado, já tínhamos as pré-candidaturas do PCB e do PSOL, então o movimento que a gente fez foi mais no sentido de entender que eles tinham um espaço livre dentro da Esquerda do campo Socialista para a candidatura ao senado e até mesmo pra fazer essas rodadas de negociações, já digamos que com uma cartada na mesa. Entendemos que qualquer tipo de conversa nesse sentido precisa acontecer entendendo que todas as partes precisam abrir mão de algum cargo, ou de alguma questão política, para que de fato se estabeleça uma aliança”, destaca.
Com o encaminhamento das conversas, segundo Gaspar, tanto a nível estadual quanto a nível nacional, houve a impossibilidade de aliança política em âmbito eleitoral. “E por isso houve a definição do Pantaleão para governo estadual, também entendendo todo o prestígio histórico que ele tem, todo esse peso do nome que ele tem de fato pra sociedade goiana”, frisa.
Leia mais sobre: Eleições 2022 / Política