O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria sido flagrado na Embaixada da Hungria, em Brasília, onde teria ficado dois dias após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF), em fevereiro. Apesar de já ter se passado mais de um mês da situação, a informação veio agora por meio do The New York Times (NYT), dos Estados Unidos. A defesa de Bolsonaro reagiu.
De acordo com a reportagem do NYT, tudo aconteceu após 8 de fevereiro, quando a PF deflagrou a Operação Tempus Veritatis, que investiga a organização criminosa que atuou em uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. O suposto golpe estava sendo estudado para impedir a eleição do então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu o pleito.
A defesa de Jair Bolsonaro, por sua vez, afirmou nesta segunda-feira (25), mesmo, que sua estadia na embaixada da Hungria teve como objetivo principal manter contato com autoridades do país parceiro. Em comunicado, os advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten destacaram que durante sua hospedagem na embaixada, Bolsonaro teve diversas conversas com autoridades húngaras, discutindo os cenários políticos dos dois países.
Como justificativa, ainda lembraram que Bolsonar, em um evento do PL em São Paulo, afirmou que frequenta embaixadas e conversa com embaixadores: “Temos boas relações internacionais, como até hoje mantenho relação com alguns chefes de estado pelo mundo. Frequento embaixadas pelo país, converso com embaixadores. Tenho passaporte retido, se não estaria com Tarcísio e Caiado em viagem a Israel.”
Os advogados do ex-presidente ainda ressaltaram que qualquer outra interpretação além das informações fornecidas é puramente especulativa e não reflete a realidade dos fatos, caracterizando-se como fake news.
Sobre as imagens, elas foram vazadas pelo NYT em forma de vídeos do sistema de segurança da embaixada da Hungria, e mostram Bolsonaro na missão diplomática por um período de dois dias. O jornal estadunidense ainda afirmou que verificou as imagens comparando-as com imagens da embaixada, incluindo imagens de satélite que mostravam o carro em que Bolsonaro chegou estacionado na garagem em 13 de fevereiro.
Por fim, o NYT ainda teve contato de um funcionário da embaixada, que falou sob condição de anonimato para discutir assuntos internos e confirmou o plano de receber Bolsonaro.
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