A operação policial que deixou 25 mortos nesta terça (24) na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio de Janeiro, foi uma ação realizada com objetivo de prender chefes do Comando Vermelho escondidos na região. A polícia afirmou, segundo divulgado, que no local estavam abrigadas lideranças da facção que saíram de outras favelas. A ação da polícia, segundo levantamento do Geni-UFF (Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense), divulgado pela Folha de S.Paulo, se tornou a segunda mais letal da história recente da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Dentre os mortos, 15 seriam suspeitos e 1 era apenas uma moradora da região, identificada, segundo o G1, como Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos, que levou um tiro dentro de casa. Já em relação aos feridos, 2 estão internados em estado grave, 2 internados com quadro estável, e 1 foi transferido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Ainda de acordo com as informações divulgadas, nenhum policial morreu, mas um foi ferido no rosto por estilhaços de bala durante a operação.
Os policiais apreenderam 13 fuzis, quatro pistolas, doze granadas e drogas, além de 10 carros e vinte motos foram recuperados. Ao todo, 19 escolas da região precisaram ficar fechadas devido ao confronto, segundo a Secretaria Municipal de Educação do RJ. Ainda sobre a operação, de acordo com os dados do Genu-UFF, as mortes geradas só perdem para o massacre do Jacarezinho em 2021, com 28 mortos.
Leia mais sobre: Operação / Rio de Janeiro / Brasil