23 de dezembro de 2024
São Paulo

12 anos depois, engenheiro parte do grupo que assaltou o Banco Central em Fortaleza é preso

Prisão foi realizada nesta sexta-feira (1º)
Marcos Rogério Machado de Morais, conhecido como "Cabeção", estava em Sorocaba. (Foto: reprodução)
Marcos Rogério Machado de Morais, conhecido como "Cabeção", estava em Sorocaba. (Foto: reprodução)

O criminoso responsável por projetar e supervisionar o túnel que permitiu o assalto aos cofres do Banco Central, em Fortaleza, no Ceará, em 2005, foi preso após 12 anos foragido. Marcos Rogério Machado de Morais, o “Cabeção”, foi encontrado em Sorocaba, interior de São Paulo, e detido pela Polícia Civil de São Paulo nesta sexta-feira (1º).

Apesar do crime ter ocorrido em 2005, Marcos já havia sido preso em 2007, mas foi resgatado do Presídio de Itatinga, no Ceará, por um grupo fortemente armado em 2011. Agora, porém, as autoridades conseguiram encontrá-lo após apurar denúncias e informações de que ele estaria frenquentando um imóvel na cidade de Salto, também no interior paulista.

Com a pista, “Cabeção”, como Marcos era conhecido, foi encontraro, monitorado e localizado em um shopping em Sorocaba. A abordagem aconteceu na Avenida Professora Izoraida Marques Peres, no Parque Reserva Fazenda Imperial.

O valor pelo qual ele ajudou a furtar foi calculado em R$ 164 milhões na época. Agora, o montante corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC) atinge a cifra de R$ 442 milhões. Nascido no Ceará, “Cabeção” tinha 31 anos quando participou do crime.

As informações divulgados dão conta de que a estrutura do túnel até o Banco Central, idealizado por Marcos, era de 80 metros de extensão e revestido de madeira e lona plástica, com sistema de iluminação elétrica e ventilação pela estrutura. Tudo isso planejado por ele, apesar de ter apenas o Ensino Fundamental incompleto.

Na Justiça Federal do Ceará, “Cabeção” foi condenado por furto, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e uso de documento falso com pena inicial de 49 anos e 2 meses. Além dele, um outro acusado de participação no crime, conhecido como “Bocão”, foi preso em setembro. Apontado como um dos mentores do crime, ele foi detido em Sumaré, também no interior de São Paulo.


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