O empréstimo no valor de R$ 710 milhões feito pela Prefeitura de Goiânia deverá chegar aos caixas públicos municipais dentro do prazo máximo de 60 dias. De acordo com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), a Secretaria de Finanças trabalha para que a espera seja menor, no entanto, o valor total será pago em parcelas.
O prefeito de Goiânia afirmou, nesta sexta-feira (8), que os trâmites com as instituições financeiras responsáveis já estão bem encaminhados. “Esse recurso agora é somente trabalho com as instituições. O prazo é de 60 dias, mais ou menos. A Secretaria de Finanças, agora, se empenha para que seja mais rápido possível, apesar de que todo esse processo com o banco já estar bem antecipado”, destacou Rogério Cruz.
Cruz ainda falou sobre todos os percalços que antecederam a aprovação do empréstimo, elogiando o empenho e trabalho mútuo dos vereadores. “Ao ser encaminhado para a Câmara, nós arcamos com todas as sugestões do Ministério Público, e foi votado, graças ao empenho de todos os vereadores que reconhecem o trabalho que temos feito na cidade de Goiânia”, enfatizou o prefeito.
Relembre a tramitação do projeto
O projeto que permite o empréstimo passou mais de três meses em tramitação antes da aprovação. Por recomendação do Ministério Público de Goiás (MPGO) precisou passar por uma revisão na Comissão de Finanças. O MPGO alegava falta de clareza na aplicação dos recursos e o fato de o valor corresponder a mais de 200% da dívida consolidada atual do Município.
O prefeito, então, retirou, no dia 28 de fevereiro, a emenda que incluía no projeto o detalhamento das obras a serem realizadas com os recursos. Com a retirada da emenda, a matéria retornou à Comissão de Finanças, estando de volta à Casa para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no dia 6 de fevereiro, onde teve nova emenda do Executivo aprovada e seguiu em votação na Comissão de Finanças, sendo aprovada em totalidade no dia 28 de fevereiro.
Por fim, o empréstimo só foi aprovado de fato na Câmara no último dia 7 de março. Conforme a Prefeitura, os recursos referentes ao valor de R$ 710 milhões serão aplicados em obras de infraestrutura e nas áreas de educação, saúde, mobilidade e modernização de gestão. A estimativa é de que a Educação receba R$ 17 milhões, ou seja 2,4% do empréstimo, enquanto a Saúde receberá R$ 50 milhões (7,05%) e a Infraestrutura, R$ 625 milhões (88%).
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