29 de agosto de 2024
Aparecida de Goiânia

Empresas em Aparecida de Goiânia falsificavam e revendiam cateteres a hospitais

Cateteres e medicamentos falsificados foram encontrados em empresas. (Foto: Polícia Civil)
Cateteres e medicamentos falsificados foram encontrados em empresas. (Foto: Polícia Civil)

Dois sócios-proprietários de duas empresas sediadas no Setor Morada dos Pássaros, em Aparecida de Goiânia, foram presos em flagrante, na manhã de segunda-feira (8), suspeitos de falsificar e revender cateteres de hemodiálise para hospitais.

Segundo a Polícia Civil, uma investigação iniciada na última sexta-feira (5) apontou que a empresa de Aparecida utilizava o nome de uma companhia do Rio Grande do Sul, que produz cateteres para hemodiálise, para vender os equipamentos falsificados. A empresa gaúcha acionou a polícia após alguns hospitais se queixarem da baixa qualidade do produto e dos riscos causados a pacientes em estado grave.

Conforme perícia, os cateteres falsificados eram de baixa qualidade, tendo, até mesmo, seringas tortas. Isso teria influenciado o quadro clínico de pacientes dos hospitais. A empresa gaúcha chegou a comprar dois cateteres da situada em Aparecida de Goiânia e fez ainda uma auditoria interna para comprovar que o material não era original.

A Polícia Civil foi à sede de duas empresas em Aparecida na manhã de segunda-feira para apurar a denúncia e encontrou um depósito de medicação clandestina, com medicamentos armazenados que seriam revendidos sem autorização de autoridades sanitárias e regularização comercial. Com apoio da Vigilância Sanitária e a Polícia Técnico-Científica, foi constatada a falsidade dos cateteres que estavam armazenados, prontos para a revenda.

De acordo com a Polícia Civil, havia 26 caixas do produto falsificado, com 300 cateteres e dezenas de medicamentos. Os agentes relataram uma falsificação grosseira, com embalagem diferente e qualidade visivelmente inferior ao original.

Segundo a investigação, uma empresa de Aparecida de Goiânia deixou de fabricar o produto em 2017 e o descartou. Foi então que as empresas investigadas resolveram falsificar os cateteres, usando, porém, a logomarca de uma empresa gaúcha de renome na área de produtos hospitalares, simulando que os produtos estavam dentro do prazo de validade, além de vendê-los a vários hospitais goianos.

Os dois sócios proprietários foram conduzidos à delegacia, presos em flagrante pelos crimes contra o consumidor e por adulteração de medicamentos. Em caso de condenação, os suspeitos podem pegar mais de 15 anos de prisão. As empresas foram interditadas pelos órgãos sanitários.


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