Numa reunião em caráter de urgência, realizada na Companhia de Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC), representantes de empresas de ônibus de Goiânia, Redemob e representantes dos motoristas do sistema decidiram suspender a circulação dos veículos a partir de terça, 24. A excessão será o atendimento aos funcionários da saúde em linhas especiais para os hospitais. 19 motoristas foram afastados por suspeita de gripe.
As empresas alegaram que não têm ônibus suficientes para atender à determinação do governador Ronaldo Caiado (DEM) para que usuários trafeguem sentados e evitar o contágio pelo Coronavírus. Para atender à demanda equivalente à sexta, 20 (100 mil passageiros), seriam necessários 3.125 veículos. O sistema tem 1.285. Mesmo que a demanda reduza para 50 mil passageiros, a necessidade seria de 1.600 carros.
Ao mesmo tempo, as empresas alegam falta de condições de atender à decisão judicial que determinação a colocação de todos os veículos em operação, pois cerca de 300 motoristas foram dispensados do trabalho, pois têm mais de 60 anos e são portadores de doenças crônicas.
A CMTC e as empresas tentaram contato com o governador Caiado para relatar a situação e discutir a suspensão dos serviços, mas os pedidos não foram atendidos para o encontro.
“As empregas domésticas estão trabalhando. O usuário continua com o mesmo hábito de deslocamento no horário de pico. Na sexta, 16.800 idosos embarcaram no sistema. Por isso, foi tomada esta decisão”, explicou o presidente da CMTC, Benjamin Kennedy.
As empresas e a companhia articulam contatos com os hospitais para mapear a necessidade dos trabalhadores da saúde para o atendimento a eles em transporte especial.
A reunião começou por volta de 10h00 deste domingo e terminou às 11h30 com a decisão tomada. Os motoristas foram representados por Alberto Magno, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo (Sinttransporte).
SindColetivo
O Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (SindColetivo), que ganhou na Justiça o direito de representar a categoria de motoristas, informou ao Diário de Goiás que não concorda com a paralisação total do sistema.
“Da nossa parte, nada foi comunicado. Comunicaram ao Sinttransporte, que é o representante hoje ilegal. Pensamos que temos paralisar em parte, mas precisa se obedecer às regras. Pessoas precisam do transporte público. Motoristas que têm condições de trabalhar e vontade de ajudar as pessoas, eles podem sim. Paralisar o transporte coletivo como querem, não tem anuência do SindColetivo”, disse o presidente Sérgio Araújo.