O Ministério Público de Goiás (MP-GO) cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em empresas de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, como parte da “Operação Carbono Oculto”, liderada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
A informação é do G1 Goiás, que frisa que, de acordo com MP-SP, a ação visa desarticular esquemas de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis envolvendo a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A operação aconteceu na quinta-feira (28) e, segundo a Receita Federal, é considerada a maior operação contra o crime organizado da história do país em termos de cooperação entre as instituições. Em entrevista à imprensa, o promotor de Justiça do MP-SP, João Paulo, afirmou que o grupo investigado possuía duas redes de combustíveis em São Paulo e outra em Goiás, que atuavam juntas e cooperavam com redes de lavagem de dinheiro para o PCC.
As investigações apontam para um esquema organizado pela facção criminosa, que conseguiu lucros altos na cadeia produtiva de combustíveis, ao mesmo tempo em que lavava o dinheiro proveniente do crime.
De acordo com as investigações, a organização também adulterava os combustíveis, usando metanol, que seria supostamente importado para outros fins, mas acabava sendo utilizado na fabricação de gasolina adulterada.
Combate à criminalidade em Goiás
Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado já havia alertado diversas vezes sobre a presença do PCC no setor de combustíveis. Durante o Congresso Nacional de Comandantes Gerais das PMs, em julho de 2024, o governador destacou a necessidade de ações imediatas para combater a facção, que vai desde postos de gasolina até entidades sociais e transporte público. Na ocasião, a Polícia Civil de Goiás deflagrou a Operação Imediata para fiscalizar 10 postos na Região Metropolitana de Goiânia.
“Como eu teria condições de promover em uma única e primeira ação no Estado de Goiás algo que pudesse fazer com que uma medida imediata trouxesse uma repercussão imediata para o povo goiano sentir exatamente a força de um estado democrático de direito”, afirmou Caiado, ressaltando que a repressão será contínua e rigorosa.
O governador reforçou que qualquer facção criminosa não terá espaço no Estado. “Aqui, faccionado, não vai ter postos de gasolina, não terá oficina, não terá disputa com empresário no nosso Estado. Essa operação será continuada e será uma operação dura, que irá contar com o apoio do governador”, disse.
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