13 de agosto de 2024
Cidades

Empresários reclamam do aumento do vale transporte

O Presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado de Goiás, Luiz Gonzaga, afirmou que mesmo com o reajuste da passagem do transporte coletivo, quem deve arcar com esses valores são os empresários.

Segundo ele, apesar do aumento de R$ 0,50 no valor da passagem, o empregado continua pagando o mesmo valor, já que todos os empregados da iniciativa privada, de governos, prestadores de serviços, diaristas e domésticas têm o direito de receber o vale transporte e contribuir com apenas 6% de seu salário.

Ainda de acordo com Luiz Gonzaga, o aumento no valor do vale transporte é um flagrante desrespeito a legislação vigente.

A promotora do Ministério Público de Goiás (MPGO), Leila Maria Lopes, que acompanha os reajustes do transporte coletivo na capital, considerou o aumento “abusivo”. “Um aumento de R$ 0,20 ainda é uma coisa que pode ser absorvida. Mas R$ 0,50 é muito na renda de um trabalhador, que não teve o salário mínimo tão aumentado assim”, disse ela.

Leila garantiu que após o feriado de carnaval deve questionar a CMTC e a Agência Goiana de Regulação (AGR) sobre o aumento da passagem. Segundo explicação da promotora, a informação do reajuste deveria ter sido divulgada com um prazo mínimo de 15 dias. “Vou entrar com um pedido de suspensão, para que pessoas tomem conhecimento, pois não tem como fazer o anúncio em uma sexta-feira para valer já na próxima segunda”.

No entanto, o presidente do Sindpão, declarou que a promotora pode estar instigando o povo a realizar manifestações contra o aumento da passagem, o que ele considera perigoso, devido as depredações, e até risco de morte. No ano passado, o reajuste do vale transporte foi de R$ 0,10, o que desencadeou uma série de protestos na capital. Alguns manifestantes atearam fogo em um ônibus.

De acordo com Luiz Gonzaga, o empregador que pagava R$ 1,88 por viagem, já com o desconto de 6% do empregado, com o reajuste pagará R$ 2,35 por viagem.


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