23 de novembro de 2024
Brasil • atualizado em 10/07/2020 às 11:39

Empresários ligados ao MBL são presos por suspeita de lavagem de dinheiro

Prisões ocorreram no estado de São Paulo. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Prisões ocorreram no estado de São Paulo. (Foto: Reprodução/TV Globo)

Os empresários Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan, foram presos na manhã desta sexta-feira (10), em São Paulo, durante uma investigação contra lavagem de dinheiro. Os dois são ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL). O grupo, porém, nega a relação.

Além de lavagem de dinheiro, os empresários são investigados por ocultação de patrimônio. Segundo o Ministério Público, a família Ferreira dos Santos, fundadora do MBL, deve cerca de R$ 400 milhões em impostos federais. Também são realizadas buscas na sede do grupo, na Vila Mariana. Ao todo, são seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão, nas cidades de São Paulo e Bragança Paulista.

O MPSP alega que há uma confusão jurídica empresarial entre MBL e Movimento Renovação Liberal (MRL). Segundo o órgão, doações ocultas foram feitas ao movimento pelo Google Payments. A plataforma desconta 30% do valor.

A investigação aponta que Alessander Ferreira fez grande e incompatível movimentação financeira. Ele teria criado e iniciado sociedade em duas empresas de fachada, além de fazer doações suspeitas ao movimento via Google Payments.

Ferreira viajou mais de 50 vezes para Brasília, entre julho de 2016 a agosto de 2018 para o Ministério da Educação com objetivos não especificados. No entanto, ele pediu emprego e foi contratado pelo governo estadual de São Paulo para trabalhar na Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso da Imprensa Oficial do Estado (Cada) para gerenciar tarefas relacionadas a eliminação de documentos públicos e recolhimento permanente.

Em nota, o MBL afirmou que “Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso não são integrantes e sequer fazer parte dos quadros do MBL. Ambos nunca foram membros do movimento”. O grupo alega ainda que a ligação é fruto de “uma notícia veiculada de maneira errônea por um portal”.


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