Após audiência que discute a possibilidade de abrir as áreas do Parque Estadual do João Leite (Pejol) e do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP) para atividades de lazer, a proposta segue em debate pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
O presidente do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias de Goiás (SecoviGoiás), Antônio Carlos Costa, disse, ao Diário de Goiás nesta terça-feira (19) que o sindicato ficou sabendo pela imprensa. ”O Secovi-Go não conhece nenhuma proposta daquilo que está sendo desenvolvido. A gente precisaria olhar a proposta para interpretar e saber como se posicionar perante essa nova proposta de ocupação ou não ocupação da barragem”, destaca.
De qualquer forma, Costa diz que no momento vê com certa apreensão o debate. “Nós vemos com preocupação usar nosso reservatório como lazer. Pessoalmente e até como Secovi já discutimos, temos um pouco de receio. Mas a gente tem que ouvir a proposta de quem está com as ideias”, pontua.
Por outro lado, Costa defende ferramentas de preservação que caminhe junto com o estímulo aos produtores de água. “O Secovi sempre defendeu a questão de desenvolver algo que preserve e nunca deixar uma questão de que não pode nada. Onde nada pode, tudo pode. Eu sou um defensor ferrenho do produtor de água, precisamos pegar os produtores rurais da região e desenvolver uma silvicultura de fato pagando o produtor de água, agricultura orgânica pagando com produtor de água para que desenvolvam atividades econômicas que preserve”, pontuou.
O João Leite é responsável por dois terços da produção da água distribuída em Goiânia e na Região Metropolitana. Para Antônio Carlos, é preciso lembrar sempre que o rio é ”nossa caixa d’água”.
O lago do João Leite, contudo, foi criado para abastecimento público de água na Grande Goiânia. Desde então, o acesso recreativo é proibido com a finalidade de garantir a qualidade da água que abastece os moradores da capital goiana. A ideia do projeto é transformar o rio em uma opção para práticas esportivas que não envolvam veículos aquáticos motorizados.
A Semad, porém, argumenta que o ribeirão servia como ambiente de recreação antes da criação da barragem. Depois que houve a reservação, a pasta diz que essas comunidades do entorno do João Leite foram alijadas.
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