A imperícia de um médico neurocirurgião foi o principal tema da Tribuna Livre da Câmara Municipal de Goiânia, durante a sessão desta quinta-feira (26).
Nela, o empresário Márcio Lima apresentou as denúncias que vêm sendo feitas nas redes sociais, contra o médico, que realizou uma cirurgia de artrodese lombar, em dezembro de 2024, deixando sequelas.
O que era para ser um passo em direção à cura, alívio, virou uma fonte de dor constante e limitações severas e profundas – Márcio Lima
A cirurgia fez com que ele perdesse parte da mobilidade na perna esquerda, tendo que utilizar uma muleta para auxiliar na locomoção.
Além das denúncias contra o médico, o empresário também denuncia a falta de assistência no período pós-operatório.
Falhas técnicas, abandono assistencial, alta hospitalar precoce, ausência de acompanhamento pós-operatório e negligência no atendimento de emergência. Fiquei 22 dias sem nenhum sinal desse tal médico – Márcio Lima
Ainda de acordo com o empresário, a cirurgia feita pelo neurocirurgião violou protocolos de sociedades médicas especializadas em cirurgia de coluna.
Tais violações demonstram negligência, imprudência e imperícia por parte dos profissionais envolvidos – Márcio Lima
Cirurgia reparadora
Após as falhas no primeiro procedimento cirúrgico, Márcio precisou realizar uma cirurgia para correção dos erros. Segundo o empresário, ele desembolsou mais de R$ 140 mil reais para realizar outro procedimento fora do plano.
Eu tenho um relatório médico de dois médicos renomados, Dr. Murilo Daher, referência nessa cidade, que comprova falha nesse procedimento, e Dr. Cristiano Cardoso, neurocirurgião que fez a minha segunda cirurgia, que comprova falha no meu procedimento. O relatório da minha segunda cirurgia comprova o erro amador de R1 – Márcio Lima
Outros pacientes também foram vítimas da imperícia do profissional
Ele diz não ser o único a ter sofrido com a imperícia do médico. Segundo o empresário, além dele, outras quatro pessoas também tiveram problemas após serem atendidas pelo profissional.
Um dos casos citados por Márcio Lima foi o da lojista Janayna Nunes, que também esteve na Câmara Municipal nesta quinta-feira.
Ela foi operada tendo o diagnóstico de tumor cerebral, quando, na verdade, o verdadeiro quadro era de má-formação de uma veia no cérebro.
Outro lado
O Diário de Goiás entrou em contato com a Hapvida. Em nota, a empresa afirmou que tem mantido contato com o empresário e que está à disposição dos clientes citados por Márcio Lima, para prestar o suporte necessário.
A empresa também afirmou estar à disposição para prestar esclarecimentos as autoridades e instituições responsáveis.
Confira na íntegra a nota da Hapvida
A empresa informa que adota práticas assistenciais alinhadas aos padrões de segurança, sempre pautada na transparência, ética e qualidade no atendimento.
Esclarece que tem mantido contato com o beneficiário em questão para qualquer informação em torno dos procedimentos realizados. Reforça, também, que está à disposição dos demais clientes citados para oferecer acolhimento e prestar todo suporte necessário.
O cuidado com a saúde e o bem-estar de cada paciente é prioridade, prezando pelo respeito, responsabilidade e pela busca contínua por um atendimento resolutivo e humanizado.
A empresa permanece à disposição para prestar os esclarecimentos necessários, com respeito às autoridades e instituições responsáveis.
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