11 de agosto de 2024
Cidades

Empresário acusado de enganar clientes de consórcios de veículos é preso

Delegado afirma que consórcio era atrativo o que despertava a atenção de clientes (Foto: Samuel Straioto)
Delegado afirma que consórcio era atrativo o que despertava a atenção de clientes (Foto: Samuel Straioto)

Em tempos de crise, além dos juros inexistentes em consórcios de veículos, outros benefícios como menor burocracia, são elementos chamativos para a escolha deste tipo de modalidade comercial. Movidos pelos atrativos e pela promessa de ser contemplado em até seis meses, pelo menos 10 pessoas foram vítimas do empresário Lincoln Santiago Freire. De acordo com a Polícia Civil ele recebia valores dos clientes e não repassava aos bancos.

No início de dezembro de 2015 foi aberto um inquérito para apurar as possíveis práticas irregulares. De agosto até dezembro, o empresário montou estandes nos shoppings Portal Sul e Buriti em Aparecida e recentemente o Araguaia, na rodoviária de Goiânia. Segundo a polícia ele se dizia representante do consórcio nacional da marca Chevrolet. Por supostas práticas irregulares, a empresa já o havia descredenciado.

O responsável pelas investigações, Webert Leonardo Lopes, afirmou que além do não cumprimento da promessa de entrega do veículo em prazo médio de no máximo seis meses, Lincoln recebeu a título de sinais, pagamento de parcelas e lances, valores financeiros diversos, não efetivando os respectivos pagamentos à instituição financeira contratada, causando prejuízos às vítimas, que somente perceberam que se tratava de fraude, ao consultar o serviço de atendimento ao cliente e perceber que os valores recebidos pelo investigado não foram repassados ao banco.

“Ele desviava valores que recebia dos consumidores para benefício próprio. O golpe consistia basicamente em desviar os valores recebidos de forma ilícita, pois deveriam ter sido repassados ao banco”, afirmou o delegado.

Segundo o Webert Leonardo, ele chegava a registrar o contrato para dar legalidade ao processo, mas poucos meses depois o cliente era comunicado pelo banco que o contrato havia sido cancelado por falta de pagamento. Era neste momento que a fraude era descoberta.

“Ele recebia a primeira parcela, geralmente um valor menor, registrava o contrato junto à empresa financeira responsável pelo consórcio, posteriormente os valores eram recebidos em espécie, não repassava ao banco, as vítimas só descobriam o golpe após cinco, seis meses, a partir da comunicação dentre elas e a partir de contatos junto ao banco, elas percebiam que os contratos foram cancelados após de pagamento”, afirmou.

O empresário foi preso na última quarta-feira (20) na casa dele situada na Vila Rosa em Goiânia. A Polícia Civil pede para que outras vítimas procurem a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor para registrar ocorrência.material estelionatario consorcio

Antecedentes

De acordo com a Polícia Civil Lincoln Santiago Freire foi condenado em 2011 por estelionato, pela mesma prática. Os crimes foram praticados em Santo Antônio do Descoberto, cidade situada no entorno do Distrito Federal e não havia cumprido a pena.

Assim que as primeiras ocorrências foram registradas, descobrimos que há uma condenação anterior, pela prática do mesmo crime, estelionato em Santo Antônio do Descoberto.


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