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Política
| Em 4 semanas atrás

Empresa de Gayer tinha como secretária um bebê de um ano, aponta investigação da PF

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As investigações da Polícia Federal (PF) que culminaram na deflagração da Operação Discalculia, nesta sexta-feira (25), apontaram possível falsificação de papéis na empresa vinculada ao deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), suspeita de desvio de verbas parlamentares. O fato curioso que levou a suspeita da fraude foi a participação de um bebê de um ano, que conforme os documentos, teria assinado uma ata de assembleia da firma, como secretária.

Além da secretária de apenas um ano de idade, a composição da empresa chama atenção. Os cargos de alto escalão eram todos ocupados por crianças: um presidente de oito anos de idade, um tesoureiro de seis anos e um vice-presidente de nove.

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Conforme informações do UOL, o documento que faz parte dos autos da Operação apresenta dados da assembleia da Associação Comercial das Micro e Pequenas Empresas de Cidade Ocidental e aponta que as crianças dos cargos executivos teriam mudado a diretoria da empresa, a razão social e o nome fantasia e ainda o endereço da sede.

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Em suas redes sociais, o deputado comentou os detalhes apresentados pela acusação. “Essa fraude que eles estão falando é do conselho anterior ao novo conselho dela, então, esse conselho anterior, lá de 2003, parece que teve realmente essas pessoas que não tem idade para ter assinado a formação dessa OSCIP. O conselho de agora é totalmente diferente, a verba que eu iria destinar nem foi destinada. Não houve transferência de dinheiro público nenhum para essa empresa”, declarou Gayer.

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Segundo as investigações, Gayer teria articulado a compra de uma associação inativa para transformá-la em uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e, assim, captar verbas públicas de forma fraudulenta por meio de emendas parlamentares. A investigação aponta que o deputado teria dado a “última palavra” em todas as decisões do esquema.

O caso começou a ser apurado após a prisão de João Paulo de Souza Cavalcante, ligado ao deputado, acusado de ter financiado os atos golpistas de 8 de janeiro de 2022 em Brasília. No celular dele, foram capturadas mensagens que revelavam “condutas ilícitas” praticadas por Gustavo Gayer. A suspeita foi de que inclusive o parlamentar tenha desviado recursos públicos para ajudar no financiamento dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro.

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.