Segundo anúncio feito pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a partir de janeiro de 2020, os veículos goianos serão emplacados de acordo com o padrão Mercosul.
A transição obrigatória deve acontecer para veículos novos; veículos que passaram por mudança de município; veículos que trocaram de categoria; veículos cuja placa atual não foi aprovada em vistoria ou está ilegível ou danificada.
O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), informou que “vem realizando as devidas análises e providências para cumprimento da Resolução 780 do Contran”. Sobre preços e possíveis custos o órgão não se pronunciou.
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Atualmente, dois milhões de veículos já estão emplacados neste padrão, já que as regras estão em vigor em sete estados brasileiros (Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul).
A adoção do padrão é colocada como evolução do modelo atual goiano, que já se destaca pela rastreabilidade e auditagem. Com o software de rastreamento, é possível ter controle de todas as etapas do processo, desde a matéria-prima até a lacração. Este sistema está em vigência desde 2014 e serve como referência para outros estados.
Para a Associação dos Fabricantes, Estampadores e Lacradores de Placas Automotivas do Estado de Goiás (Assiplago), que reúne os prestadores de serviço dessa área, este seria um avanço do atual modelo, que já vem dando certo.
O advogado da Assiplago, Leandro Silva, entende que apostar em novos mecanismos de fiscalização e controle confirmam que Goiás já está no caminho certo. “Temos um sistema de emplacamento que gera segurança e confiabilidade, com maior possibilidade de fiscalização”, afirma.
Mudança
A placa no padrão Mercosul conta com itens de tecnologia que aumentam a segurança do processo e dificultam ações de pessoas má intencionadas. Exemplo disso seria a implantação de um chip fiscal federal, efeitos visuais, código bidimensional (QR code) e número de série criptografado. O QR code, estampado na placa, traz informações sobre o veículo e o emplacador, sendo facilmente acessadas por policiais, por exemplo, por meio de um leitor portátil (como um smartphone), acelerando a conferência e fiscalização.