23 de dezembro de 2024
Entretenimento • atualizado em 13/02/2020 às 09:38

Emma Stone vive romance lésbico no feminista ‘Battle of the Sexes’

Mais recente vencedora do Oscar de melhor atriz, Emma Stone tenta se cacifar novamente para uma vaga no prêmio por sua performance como a tenista americana Billie Jean King no biográfico “Battle of The Sexes”, que fez sua estreia nesta segunda (11), no Festival de Toronto.

O longa, dirigido por Jonathan Dayton e Valerie Faris, remonta o duelo no tênis dos anos 1970 entre Billie Jean e o fanfarrão Bobby Riggs, vivido por Steve Carell.

Por sua temática, “Battle of the Sexes” se soma a “Borg/McEnroe”, de Janus Metz, título que abriu a mostra canadense, entre os longas que ficcionalizam embates no tênis. Uma diferença marcante: no longa de Metz, ficava claro que os próprios atores Shia LaBeouf e Sverir Gunadson é que faziam os saques; no outro, é nítido que dublês jogam no lugar de Stone e Carell.

Outra diferença: Se “Borg” descortinava um embate entre dois indivíduos de personalidades à primeira vista opostas, “Battle” põe o jogo como uma arena de importância simbólica e coletiva: nos anos que testemunharam a emancipação feminina, a disputa entre Riggs e Billie Jean ganhou contornos de guerra dos sexos.

Insuflado pela mídia e por dirigentes do sexo masculino, Riggs fazia todo tipo de comentário machista: “Não tenho nada contra mulheres, eu as amo no quarto e na cozinha”, afirmava.

Já Billie Jean via a disputa como uma forma de demandar igualdade e barrar as discrepâncias de salários entre tenistas homens e tenistas mulheres na época, fundadas na premissa de que eles atraíam mais público e eram mais populares do que elas.

Fora das quadras, Billie Jean mantinha uma amante em segredo; no filme, uma cabeleireira chamada Marilyn. De fato, a tenista americana viria a se tornar um expoente da causa LGBTQ.

O longa retrata o começo de sua saída do armário, sustentando que sua luta pela igualdade de gênero desaguou na questão gay. Tendo em vista a nova configuração da Academia, mais antenada à questão das minorias, “Battle of The Sexes” avança muitas casas na sua rota para o Oscar. (Folhapress)

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