O ministro Ricardo Lewandowski se aposentou nesta terça-feira (11), mas, antes, em um dos seus últimos atos, formalizou que a apuração sobre suposta tentativa de extorsão contra o advogado Rodrigo Tacla Duran vai continuar no Supremo Tribunal Federal (STF). A justificativa da decisão, tomada na noite desta segunda-feira (10), é de que a acusação de Tacla Duran atingem pessoas com foro privilegiado. A recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Verifico que, ao menos nesta fase inicial, a competência para a supervisão e apuração dos fatos noticiados no presente expediente é do Supremo Tribunal Federal […] Diante do exposto, acolho a manifestação do Parquet e fixo, neste momento preambular, a competência do STF para a tramitação desse expediente”, reforça Lewandowski em pontos de sua decisão.
No depoimento, Tacla Duran, diz a Eduardo Appio, novo juiz da Lava Jato, que o senador Sergio Moro (União Brasil), quando era magistrado, e o deputado Deltan Dallagnol (Podemos), tentaram extorqui-lo.
Mesmo com os detalhes em sigilo, sabe-se que Moro e Deltan já tentaram tirar o caso das mãos do STF. Além disso, nenhum dos dois se posicionou sobre a decisão do ministro. Lewandowski, após decisão, deixa a Corte nesta terça-feira (11) e, agora, caso será herdado pelo seu sucessor, que será indicado por Lula (PT).
O ministro, inclusive, disse ter se reunido com o presidente para comunicar sua aposentadoria pessoalmente, mas que não fez sugestões de substitutos, porém, não há prazo para Lula indicar novo ministro. O mais cotado para a vaga, no entanto, é o advogado Cristiano Zanin, que defendeu o presidente em processos da Operação Lava Jato.
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