Durante a efetivação da transferência de cargo de prefeito de Goiânia de Rogério Cruz (Solidariedade) para Sandro Mabel (UB), nesta quarta-feira (1º), Cruz voltou a contestar o déficit financeiro na capital, apesar de não apresentar números concretos. Em contrapartida, Mabel confirmou que, como medida inicial de gestão, decretará, no primeiro dia útil de mandato, na próxima quinta-feira (2), calamidade financeira e de saúde em Goiânia.
À imprensa, Cruz declarou que o saldo deixado é considerado “normal”. ” Não é tão negativo como falaram, isso já foi demonstrado, inclusive, no relatório da transição, o prefeito atual pode falar melhor sobre isso”, disse o ex-prefeito.
Rogério afirmou à imprensa que cumpriu todos os compromissos financeiros ao fim de seu mandato. “Acredito que nós fizemos o máximo, não atrasamos folhas, como disseram que íamos atrasar, pagamos outubro, pagamos novembro, pagamos dezembro, adiantado, dia 20 pagamos a folha de dezembro, com 13º. R$ 180 milhões de precatórias foram pagas, deixando assim todos os compromissos de obrigações do prefeito acertados ainda esse ano”, argumentou.
Questionado sobre valores, Rogério Cruz se limitou a dizer que o levantamento ainda não foi finalizado. “Não conseguimos ainda finalizar em tempo, mas acredito que já deve ter enviado para a comissão de transição com alguma finalização. Com certeza, deve ter passado algo muito positivo, mais positivo do que eles estavam pensando”. Apesar da confiança, Cruz não apresentou números efetivos.
Em controversa ao declarado por Cruz, Mabel afirmou que vai precisar decretar calamidade financeira e de saúde para conseguir recursos para o município. “Teremos uma dezena de decretos em todas as áreas, inclusive com relação à calamidade financeira e da saúde. Nós estamos trabalhando já em Brasília, hoje já recebemos uma parte do recurso que conseguimos junto ao Governo Federal”, confirmou o novo prefeito.
Mabel acrescentou, ainda, que precisou recorrer ao senador Jorge Kajuru (PSB) para angariar auxílio financeiro de modo a cumprir as necessidades primárias da Saúde de Goiânia, que incluem o pagamento de servidores e compra de insumos e medicamentos. “Através da interferência do senador Kajuru, nós conseguimos trazer R$ 42 milhões, que vai nos ajudar a pagar essas folhas de pagamento atrasadas, vai ajudar a continuarmos comprando os remédios, comprando a alimentação, pagando os médicos, pagando os exames, enfim, fazendo a saúde funcionar”, relatou.
O prefeito de Goiânia destacou que as medidas foram tomadas de forma emergencial, contradizendo o que foi relatado pelo ex-prefeito Rogério Cruz. “Até que a gente consiga, com os outros decretos de porte de gastos, com uma série de providências que vão ser tomadas, ter um caixa suficiente para mantermos a nossa saúde”, argumentou Sandro Mabel.
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