Em evento do PL Mulher, realizado na tarde de sábado (11), em Rio Verde, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou, nesse sábado (11)10), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja, formam um “casalzinho que demoniza Israel”, e depois falou em “povo cristão”.
Michelle fez citações que aparentam desconhecimento sobre Israel e o Cristianismo, que não é aceito pelos israelenses, cuja religião oficial é o Judaísmo. “A senhora do líder [Janja] proibiu ele [Lula] de falar com o povo cristão e agora está indo nas igrejas. Vamos abrir os nossos olhos espirituais?”, questionou a ex-primeira-dama.
Em Israel, no entanto, segundo dados do Departamento de Estado americano, no recorte por religião, a população em 2024 era 73,5% judia (não acreditam no messias Jesus Cristo), 18,1% muçulmana, 1,9% cristã e 1,6% drusa. Os 5% restantes estão subdivididos em outras religiões minoritárias, como adventistas e testemunhas de Jeová, por exemplo. A maioria dos cristãos no país são de etnia árabe.
“Esquerda maldita”, diz Michelle
Michelle se referiu a atual primeira-dama em diferentes momentos como “senhorinha do líder” ao criticar o casal presidencial por se aproximar de evangélicos no chamou de “busca por aprovação”.
“Não vamos aceitar mais essa esquerda maldita governando a nossa nação. Um casalzinho, um casal que demoniza Israel, mas que agora começou a frequentar as igrejas”, ironizou Michelle.
Além das críticas com tom religioso, Michelle Bolsonaro chamou Lula de “gastador de primeira”. Ela voltou a dizer que o presidente deveria seguir o exemplo do ex-mandatário uruguaio Pepe Mujica, a quem descreveu como um “socialista raiz” que andava em um “fusca caindo aos pedaços” e morava em uma “casa simples”.
Michelle estava participando de um encontro nacional do PL Mulher que foi realizado em Rio Verde no sábado.
Palco para defender Bolsonaro para 2026
Além de atacar a esquerda, Lula e Janja, a ex-primeira-dama focou sua fala em defender uma candidatura do marido Jair Bolsonaro a presidente em 2026. Ela se referiu a ele como “vítima do sistema” e disse que é o “único nome da direita” para disputar no próximo ano.
Entretanto, Bolsonaro permanece inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também cumpre prisão domiciliar após condenação de 27 anos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes.
Ao manter o nome do marido como única opção dos bolsonaristas, Michelle Bolsonaro amplia a distância dos nomes já colocados pela direita, como o próprio governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), e o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos).
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