10 de agosto de 2024
Cidades

“Não é aceitável fechar de uma hora para outra”, diz Caiado sobre mineradora em Minaçu

Caiado: Servidores pressionam para receber o salário de dezembro (foto divulgação)
Caiado: Servidores pressionam para receber o salário de dezembro (foto divulgação)

O governador Ronaldo Caiado reforçou nesta terça-feira (05/03) que está lutando para a continuidade na reativação da maior mina de amianto do mundo, localizada em Minaçu, na região norte de Goiás. Desde 11 de fevereiro, as atividades estão suspensas, devido a uma decisão do Superior Tribunal Federal (STF) que julgou inconstitucional o artigo da Lei Federal que permitia a extração, industrialização, comercialização e distribuição do amianto no país.

Segundo a ministra Rosa Weber, relatora de dois processos sobre o tema, a proibição do amianto seguia preceitos constitucionais de proteção à vida, à saúde humana e ao meio ambiente. À época, ela argumentou que existia um consenso em torno da natureza altamente cancerígena do mineral. Caiado, em reuniões com o STF, tem usado outra argumentação para apaziguar esse discurso: “Porque não temos uma decisão tão enérgica assim do Supremo para dizer “está proibido o fumo? E o prejuízo que causa o fumo hoje? A quantidade de doentes, enfisema, câncer. De pessoas que não conseguem sobreviver”, disse relembrando que não há casos registrados de funcionários da mineradora ou mesmo de Minaçu com câncer de pulmão.

Ele relembrou que o principal comprador de amianto da região são os Estados Unidos e que se trata do melhor minério do mundo à disposição. “O que nós pedimos e o que tem sido as nossas reuniões junto ao Supremo Tribunal Federal é que haja uma modulação. E o que eles pedem? A produção para exportar.” O governador ressalta que prejuízos à população podem acontecer, de fato, com a mina fechada como está. “Não é aceitável você simplesmente de uma hora para outra dizer que está fechada a mina. Já imaginou as consequências? Não digo só do desemprego das pessoas, também da economia da cidade. O que será de tudo aquilo? Aquele buraco a céu aberto. Qual é o risco que amanhã poderemos ter de contaminações, de problemas que venham, já que não teve um processo transitório para o fechamento da mina.”, ressaltou.


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