O presidente Michel Temer se recupera nesta segunda-feira (1º) de uma infecção urinária diagnosticada na semana passada. A informação foi confirmada à reportagem pelo urologista Miguel Srougi, um dos médicos que acompanha o presidente no Hospital Sírio-Libanês.
O Palácio do Planalto não confirma oficialmente o diagnóstico.
Há cinco dias, o presidente apresentou febre e exames de sangue e urina revelaram a presença de infecção urinária, apesar de ele estar tomando antibiótico profilático, que é sempre indicado a pacientes usando sonda na bexiga.
Segundo Srougi, a febre logo cedeu com a introdução de um novo antibiótico e os exames já estão normalizados. Temer está sem sonda desde sábado. “Ele está urinando muito bem, de maneira espontânea, sem qualquer sintoma local ou sangramento”, explicou o médico.
Desde o fim de semana, o presidente tem tomado medicamentos para reverter o quadro infeccioso e tem sido visitado por enfermeiros. Por recomendação médica, ele tem permanecido em repouso absoluto no Palácio do Jaburu, onde passou a virada do ano.
Segundo assessores presidenciais, ele tem se recuperado bem e cumprirá agenda de trabalho a partir desta terça-feira (2).
Para a noite da virada, Temer chegou a ser convidado para uma festa promovida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele, contudo, preferiu permanecer com familiares no Jaburu.
A expectativa é que, nos próximos dias, Temer viaje a São Paulo para fazer uma nova bateria de exames no Hospital Sírio-Libanês.
Por causa do procedimento, o presidente já cancelou duas viagens oficiais : uma para o Sudeste Asiático e outra para Alagoas.
A orientação médica é de que ele evite viagens de longa distância e permaneça o máximo possível em repouso em Brasília.
Aos 77 anos, o mais velho presidente da história do Brasil, Temer sofreu três intervenções médicas nos últimos meses : para conter um sangramento na próstata, colocar um stent em artérias coronárias e desobstruir a uretra.
Segundo a equipe médica, o procedimento na uretra foi considerado bem sucedido, mas “há sempre o risco” de voltar.
(FOLHA PRESS)
Leia mais sobre: Brasil