Fugas em massa em prisões no Estado de São Paulo já resultaram, em quatro meses, num saldo de ao menos 704 presos foragidos, o equivalente à lotação máxima de unidade prisional inteira.
A maioria dos presos acabou sendo recapturada pela Polícia Militar. No entanto, as fugas foram suficientes para causar pânico nas cidades em que ocorreram os casos.
A maior das fugas aconteceu em 29 de setembro do ano passado, em Jardinópolis (a 329 km de SP), quando 470 detentos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária local.
O episódio aconteceu após um motim em protesto à superlotação do local. Designado a abrigar 1.080 presos em regime semiaberto, o CPP tinha 1.861.
Dois presos foragidos foram encontrados mortos posteriormente. Três dias depois do caso, 127 ainda continuavam foragidos.Outras duas fugas aconteceram em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.
No dia 17 de outubro, 55 presos fugiram do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 1 (HCTP1) de Franco da Rocha -na noite no mesmo dia, 34 haviam sido recapturados.
Mais 27 detentos fugiram O CPP (Centro de Progressão Penitenciária) da cidade em 27 de dezembro -na data da fuga, 12 haviam sido presos novamente pela polícia.
O último caso aconteceu em Bauru, no interior, onde 152 detentos fugiram. A polícia contabilizava 96 recapturados na tarde desta terça-feira (24).
No acumulado dos últimos quatro meses, o total de presos que fugiram é superior à capacidade do centro de detenção de Diadema (613), na Grande São Paulo.
O sistema penitenciário paulista enfrentou rebeliões em motins no último ano. Em dos casos, em maio, em São José dos Campos, dois presos acabaram mortos.
(FOLHAPRESS)
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