21 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:16

Em primeiro ato como presidente, Eunício sanciona lei dos precatórios

Eunício Oliveira. (Foto: Pedro França)
Eunício Oliveira. (Foto: Pedro França)

O presidente da República em exercício, Eunício Oliveira (PMDB-CE), sancionou nesta quinta-feira (6) um projeto de lei que permitirá a injeção imediata de R$ 8,6 bilhões na economia, por meio do saque de precatórios. Este foi seu primeiro ato como presidente em exercício.

Eunício, que preside o Senado, assumiu o cargo nesta quinta devido à ausência do presidente Michel Temer, que viajou para o encontro do G-20, na Alemanda, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em missão na Argentina. A sanção do texto foi acordada esta semana entre Temer e Eunício.

O projeto, aprovado pelo Senado Federal na quarta-feira (5), trata da incorporação da verba destinada ao pagamento de precatórios não sacados por dois anos. Precatórios são dívidas decorrentes de decisões judiciais.

A incorporação automática dos recursos à receita do governo ocorre num momento em que o Palácio do Planalto se esforça para cumprir gastos que estão sem orçamento e, ainda assim, não exceder a meta fiscal prevista para o ano, de déficit de R$ 139 bilhões.

Esses recursos são a principal aposta do governo para obter receitas extraordinárias no curto prazo e desbloquear parte do Orçamento na revisão orçamentária que será divulgada no fim deste mês.

O projeto permite que o governo incorpore às suas receitas os valores de precatórios vencidos há mais de dois anos e que não foram sacados por seus beneficiários.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que relatou o projeto, esclareceu que, embora o governo esteja incorporando esses recursos à sua receita, o dinheiro será devolvido aos beneficiários assim que houver a solicitação.

O governo visa elevar o orçamento para cumprir despesas que estão sem recursos. Um exemplo é a paralisação da emissão de passaportes pela Polícia Federal, que na semana passada deixou de produzir os documentos alegando falta de orçamento.

Após o anúncio da PF, esta semana a Polícia Rodoviária Federal, órgão também vinculado ao Ministério da Justiça, anunciou paralisação por falta de recursos. (Folhapress)

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