Os Correios confirmaram nesta sexta-feira (21) que a área de governança da empresa aprovou um plano de reestruturação para garantir sua estabilidade econômica nos próximos 12 meses, prevendo: fechamento de até mil unidades deficitárias, programa de demissão voluntária, remodelagem dos planos de saúde dos funcionários remanescentes e venda de imóveis para levantar fundos.
Além disso, a empresa deve concluir ainda, até o fim deste mês uma, uma operação de crédito com aporte de até R$ 20 bilhões. Esse recurso é considerado indispensável para a transição projetada de redução do déficit em 2026 e retorno à lucratividade em 2027.
Ainda não há confirmação de quantos funcionários serão desligados da companhia, mas fontes disseram à CNN Brasil que a estimativa gira para o plano de demissão voluntária (PDV) gire em torno de 10 mil funcionários.
Além dos desligamentos, os trabalhadores que permanecerem vão ter mudanças nos benefícios, como remodelagem dos planos de saúde atuais.
E-commerce
A previsão é que o fechamento das agências seja compensado pela expansão do portfólio para e-commerce.
Já em relação à venda de imóveis, os Correios pretendem apurar até R$ 1,5 bilhão.
Três fases
A reestruturação vai contemplar três fases: recuperação financeira, consolidação e crescimento. Os serviços postais universais seguirão como prática da empresa. Na negociação foi deliberado que se tratam de “um compromisso estratégico e social inegociável”.
No primeiro semestre deste ano, os Correios apresentaram um déficit expressivo de 4,4 bilhões de reais. O valor é maior do que o rombo referente a todo o ano de 2024, quando o prejuízo ficou em R$ 2,6 bilhões.
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