30 de agosto de 2024
Brasil

Em parceria com Google, Companhia das Letras entra no mercado de audiolivros

A Companhia das Letras entrou, nesta quinta-feira (30), no mercado de audiolivros, um segmento que começa a se estabelecer de forma mais sólida no Brasil, com o lançamento da plataforma do Google há um mês.

Em parceria com a empresa americana, a editora brasileira começa sua operação com 15 títulos, que incluem “21 Lições para o Século 21”, último livro do best-seller israelense Yuval Noah Harari.

Além deste, a Companhia das Letras lança a obra anterior de Harari, “Homo Deus”, em versão em áudio. Na lista, estão ainda “A Dieta da Mente”, de David Perlmutter e Kristin Loberg; “Trópicos Utópicos”, de Eduardo Giannetti; e “Um Coração Ardente”, de Lygia Fagundes Telles, entre outros.

Para este ano, a editora prevê lançar “O Sol na Cabeça”, de Giovanni Martins, e “Quem Tem Medo do Feminismo Negro?”, de Djamila Ribeiro.

“Víamos que esse mercado estava crescendo lá fora, mas no Brasil tínhamos poucos players. Nossa dificuldade era ter onde vender esses audiolivros”, diz Marina Pastore, gerente de projetos digitais da editora.

Pastore afirma que o modelo de assinaturas disponível em iniciativas como a Ubook não pareceu adequado para a Companhia das Letras.

“Não vimos como o serviço [por assinatura] pode se sustentar e, ao mesmo tempo, dar uma remuneração adequada ao autor e ao editor”, diz, acrescentando que a audiência dos podcasts da casa os encorajou a investir em conteúdo de áudio.

A editora entra nesse mercado em um momento no qual a multinacional sueca Storytel e a americana Amazon preparam, nos bastidores, o lançamento de suas próprias plataformas no país.

O Google, por sua vez, tem expectativas de crescimento. Há um mês, quando lançou sua plataforma, tinha 2.500 títulos. Agora, já são 3.000.

“Na primeira semana, o Brasil ficou em segundo lugar entre os principais mercados do Google nessa plataforma. Agora, estamos entre os dez”, diz Andrea Fornes, diretora de parcerias de mídia e livros do Google na América Latina.

Fornes destaca, neste primeiro mês, um interesse do leitor brasileiro pela autoajuda corporativa, algumas vezes com viés espiritual, dentro do serviço. (Folhapress)


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