Novos trechos de conversas vazadas entre o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro com procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato, apuradas e publicadas pela Folha de São Paulo e o site The Intercept, neste domingo (23/06) revelam novamente a proximidade entre juiz e procurador e acabou expondo o desprezo de Moro por alguns integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL).
O contexto é o seguinte: membros do movimento se reuniram na noite do dia 23 de março em 2016. Eles estavam na porta do então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e se queixavam da ordem do ministro para que o juiz que estava a frente da Lava-Jato enviasse ao STF as investigações que envolviam o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Faixas levantadas pelo MBL chamavam o ministro, morto em um acidente aéreo em janeiro 2017 de “pelego do PT”, “bolivariano”, entre outros termos.
O juiz então mandou mensagem a Dellagnol: “Não sei se vocês tem algum contato mas alguns tontos daquele movimento brasil livre foram fazer protesto na frente do condomínio do ministro. Isso não ajuda evidentemente”. O procurador afirmou que iria se informar mas analisou o cenário: “Não sendo violento ou vandalizar, não acho que seja o caso de nos metermos nisso por um lado ou outro.” Mais tarde, o procurador avisou Moro que que o MBL estava “chateado” com a força-tarefa devido a sua recusa em se juntar explicitamente à chamada do grupo para o impeachment de Dilma, mas alertou que o MPF não tinha contato com o MBL, aponta o The Intercept.
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