O advogado Walmir Oliveira da Cunha, de 37 anos, que foi vítima de uma carta-bomba, divulgou uma carte nesta quinta-feira (21), ao receber alta do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). O advogado perdeu quatro dedos da mão esquerda ao abrir uma encomenda em seu escritório, localizado no setor Marista, em Goiânia, na última sexta-feira (15).
A carta foi divulgada pela assessoria de imprensa do Hugo, unidade de saúde em que Walmir foi encaminhado após a explosão e recebeu atendimento médico. A carta é de agradecimento a todos que ajudaram o advogado desde o dia da explosão até hoje.
“Esse é um momento de expressar a minha gratidão a Deus, em primeiro lugar, por nos dar o dom da vida e nos permitir continuar nossa trajetória. E a todos que, direta ou indiretamente, me socorreram, me atenderam e, desde então, estão prontamente a serviço de minha segurança. Agradeço ainda a todas as orações, vindas de todos os credos, e vibrações positivas pela minha pessoa”, disse Walmir.
Ao longo da carta, o advogado agradece a todos os profissionais da saúde, do Hospital de Urgências, e da segurança pública, que atenderam a ocorrência e estão fazendo as investigações para identificar a autoria do crime, como a Polícia Militar e a Polícia Civil.
Walmir também incluiu na carta agradecimento aos familiares, amigos, Ordem dos Advogados do Brasil Seção Goiás (OAB-GO) e diversos outros que fizeram parte do socorro e manutenção da segurança do advogado. Ao fim, Walmir agradece aos vizinhos do escritório, que prestaram os primeiros socorros.
“E aqui vai, também, o reconhecimento aos vizinhos do escritório que, ao ouvirem o estrondo da bomba, imediatamente correram para me auxiliar e fizeram os primeiros chamados de emergência. Em meio a atos de covardia, a gente encontra a solidariedade, a compaixão e o amor ao próximo, valores que nos motivam a continuar acreditando que o mundo pode ser melhor”, finalizou a carta.
Leia a carta na íntegra:
NOTA À IMPRENSA
Recebo alta do HUGO, seis dias após o atentado ocorrido dentro de meu escritório, que impactou os goianienses e os brasileiros. Esse é um momento de expressar a minha gratidão a Deus, em primeiro lugar, por nos dar o dom da vida e nos permitir continuar nossa trajetória. E a todos que, direta ou indiretamente, me socorreram, me atenderam e, desde então, estão prontamente a serviço de minha segurança. Agradeço ainda a todas as orações, vindas de todos os credos, e vibrações positivas pela minha pessoa.
Quero também, agradecer imensamente a todos os profissionais do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), desde a equipe de enfermagem, que sempre foi muito atenciosa e prestativa; os maqueiros, sempre muito simpáticos; os médicos, muito competentes, e toda a direção, que me tratou com muita dignidade. Meu elogio é extensivo a todos do HUGO, irrestrito quanto à qualidade do atendimento.
Agradeço, em especial, aos médicos Thiago de Oliveira Coelho e Rodolfo Rovagnol Cambota, que me socorreram no momento mais crítico ao chegar ao HUGO. Recebam também a minha gratidão todos os demais que me deram auxílio, como psicólogas, terapeutas ocupacionais e tantos outros que me apoiaram, foram muito importantes ao longo destes dias.
De início, a intenção de minha família era transferir-me para um hospital particular, mas percebeu que tal medida era desnecessária. Temos em Goiás um centro de referência que, além da excelência técnica, também dedica um atendimento humanizado aos pacientes. Uma feliz constatação que compartilho com toda sociedade goiana.
Meus agradecimentos também a todas as instituições, como Polícia Militar, que tem garantido a minha segurança; Polícia Civil, que não tem medido esforços na investigação deste atentado; esquadrão antibombas da Polícia Federal; Secretaria de Segurança Pública, Corpo de Bombeiros, Unimed e Conselhos da Ordem dos Advogados do Brasil, em níveis Federal e Estadual, que estão tomando frente nas investigações e apurando esta grave violação aos direitos dos advogados que, por consequência, atinge também a toda sociedade.
Meus sinceros agradecimentos ainda a todos meus familiares, amigos e aqueles que se solidarizaram comigo. Este atentado, digo mais uma vez, apenas fortaleceu, dentro do meu coração, a minha missão, que é assegurar os direitos daqueles que a mim procuram.
E aqui vai também o reconhecimento aos vizinhos do escritório que, ao ouvirem o estrondo da bomba, imediatamente correram para me auxiliar e fizeram os primeiros chamados de emergência. Em meio a atos de covardia, a gente encontra a solidariedade, a compaixão e o amor ao próximo, valores que nos motivam a continuar acreditando que o mundo pode ser melhor.
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