26 de novembro de 2024
Brasil

Em grupo de Whatsapp, aliado diz que saída de Parente deixa saldo integral da crise no colo do governo

Pedro Parente pediu demissão nesta sexta, 1º. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Pedro Parente pediu demissão nesta sexta, 1º. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Diante da saída de Pedro Parente do comando da Petrobras, aliados do presidente Michel Temer fizeram um mea culpa, reconhecendo que o governo errou na política de preços adotada no ano passado, e disseram que o episódio desta sexta-feira (1º) faz o saldo da crise dos combustíveis recair integralmente sobre o Palácio do Planalto.

Correligionários de Temer, que já vinham pedindo a cabeça de Parente desde o dia 21 de maio, quando começou a paralisação de 11 dias dos caminhoneiros em todo o país, reclamaram por, nas palavras de um deles, ter feito papel de trouxa e se desgastado à toa, já que, com a saída do presidente da Petrobras, vai crescer a pressão por uma mudança na política de preços dos combustíveis.

“Eu avisei antes a todos da bancada. Agora, ele sai por cima e será presidente da BRF, deixando no colo do governo o saldo integral da crise”, disse o deputado Newton Cardoso Junior (MDB-MG) no grupo de WhatsApp da bancada do partido de Temer.

Procurado, Cardoso Junior não se manifestou.

Um auxiliar do presidente disse que o governo errou ao não ter percebido antes que a política de preços da Petrobras era insustentável. Reclamou que Pedro Parente pensava a Petrobras como dirigente de uma empresa privada, deixando de lado o aspecto público da companhia de petróleo brasileira.

A defesa da mudança na política de preços não é um consenso no Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse à reportagem não defender alteração, mas insistiu na tese de que é preciso uma compensação para a oscilação do preço do petróleo.

“O governo deveria ter uma política de redução de impostos quando o preço do petróleo sobe”, afirmou Maia. (Folhapress) 

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