“Só saio daqui com uma proposta”. É oque disse a deputada estadual e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima. Ela afirmou ao Diário de Goiás que os trabalhadores estão concentrados nessa segunda-feira (16) em frente ao Paço Municipal desde às 9 horas da manhã em busca de acordo com a Prefeitura.
Até o fechamento desta matéria, a Sintego informou que os profissionais aguardam na ante sala do prefeito Rogério Cruz, sem nenhum retorno quanto a negociação, prevista para essa semana. A categoria busca com nova Assembleia o reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023, um novo plano de carreira e a equiparação no auxílio locomoção, que hoje é de R$ 300 e os profissionais pedem que seja de R$ 600, o mesmo valor para professores.
A Sintego afirmou também que os administrativos da educação são pessoas que trabalham para garantir o funcionamento das escolas, creches, CMEIs e CEIs, e recebem os menores salários de toda a prefeitura de Goiânia. Na tentativa de mudar essa realidade, ou até mesmo melhorar com devidos reajustes, os profissionais aderiram a greve.
Em nota a Prefeitura afirmou que os direitos já foram adquiridos pelos servidores. “Na atual administração, os administrativos foram beneficiados com a criação do auxílio locomoção de R$ 300 e com o pagamento de três datas-bases que estavam em atraso”.
Entenda a greve
Ainda em setembro os servidores administrativos da educação, tentaram um acordo com o Paço Municipal para que a prefeitura apresentasse um plano de melhorias. Sem sucesso na solicitação, decidiram por unanimidade seguir com a greve que dura até hoje.
Até a apresentação de uma proposta que os administrativos aceitem, serviços de limpeza, portaria, merendas, auxiliar de secretaria e auxiliar de sala estão comprometidos. Cerca de 120 unidades escolares e Centros Municipais de Educação Infantil em Goiânia, de um total de 400, enfrentam interrupções nos serviços.
A Prefeitura de Goiânia em nota afirmou que atrasar o ano letivo com a paralisação pode interferir no processo de ensino-aprendizagem em um momento decisivo na educação. E a justificativa para o não pagamento da data base seria devido a queda de repasses federais.
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