22 de dezembro de 2024
Goiânia • atualizado em 01/02/2021 às 12:42

Em Goiânia, Prefeitura avalia estender horário de fechamento dos bares para 00h

Rogério Cruz se reunirá junto com Comitê de Operações Emergenciais (COE) da Prefeitura para avaliar uma flexbilização no horário da lei seca na capital
Rogério Cruz se reunirá junto com Comitê de Operações Emergenciais (COE) da Prefeitura para avaliar uma flexbilização no horário da lei seca na capital

Após ouvir pedidos e demandas de donos e proprietários de bares, restaurantes e distribuidoras, o prefeito de Goiânia Rogério Cruz (Republicanos) disse em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia nesta segunda-feira (01/02) que irá avaliar uma flexibilização no decreto que impõe o fechamento desses estabelecimentos. Ele explicou que haverá uma reunião ainda hoje onde serão delimitadas algumas extensões nos horários.

Em entrevista ao apresentador e editor do Diário de Goiás, Altair Tavares, o prefeito de Goiânia destacou que atendeu uma reunião com os representantes de bares e restaurantes na última sexta-feira (29/01) para ouvir suas demandas. O DG já havia antecipado que o decreto não foi bem visto por proprietários que sequer foram ouvidos antes da publicação do texto.

Cruz explicou que essa inclusive, foi um pedido assunto tema de um ofício que recebeu da Federação do Comércio do Estado de Goiás [Fecomércio-GO]. “Na sexta-feira a noite me solicitaram uma reunião com os representantes dessas categorias de bares e restaurantes e distribuidoras e me comprometi com eles que este final de semana eles fizessem o cumrpimento deste decreto mas que hoje, segunda-feira (01), estarei numa reunião com o secretário de Saúde juntamente com o pessoal do COE, para decidirmos e alinharmos tudo isso, baseado no Ofício do pedido da Fecomércio que é se houver possibilidade aumentar os horários para as 00h”.

Se a Prefeitura flexibilizar os horários, os bares poderiam fechar a meia noite enquanto distribuidoras de bebidas e lojas de conveniência em postos de combustíveis às 23h. Neste ponto atenderia todos os segmentos. “Na reunião foi me comunicado o seguinte, para eles fecharem às 23h00 eles precisam iniciar o fechamento de contas às 22h. Realmente, é uma perda grande. Nós iremos fazer esse estudo para hoje para continuar esse decreto e alterar para as 00h os bares e restaurantes. E as distribuidoras e lojas de conveniência até as 23h.”

A demanda já havia sido antecipada pelo DG. Em entrevista concedida na última quinta-feira (28/01) o diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Abrasel Goiás, Frederico Costa havia revelado que sequer houve um contato prévio da Prefeitura, mas que buscariam um contato para tentar a flexibilização. “Estamos avaliando para ver se conseguimos alguma situação de reverter ou flexibilizar de alguma maneira, há um pouco mais, nem que seja até meia noite e ver como vai ser a reação do prefeito diante disso”, avaliou Costa.

Rogério Cruz descarta lockdown

Uma das preocupações não apenas dos donos de bares e restaurantes mas do comércio geral, seria a possibilidade de uma medida ainda mais dura, como a possibilidade de fechamento total dos estabelecimentos ou um lockdown em Goiânia. Cruz descartou essa possibilidade. 

“Não, não sou a favor de lockdown. Eu acho que existem outras formas de tratar esse assunto, com empresas, comércios, empresários. Eu acho que devemos sentar numa mesa caso precise, para resolvermos essa situação”, pontuou.

Se for necessário alguma medida que alcance outros segmentos, Rogério destaca que uma boa possibilidade é o escalonamento regional que o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha adotou durante a primeira fase da pandemia em 2020. “Mas acho que lockdown não é preciso, prefiro seguir o ritmo que o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha determinou no inicio da pandemia do ano passado que deu muito certo. Eu acredito que seja por esse caminho”, destacou.

Abertura de novos leitos

Rogério Cruz também descarta que, no momento, ainda não há necessidade de abertura de novos leitos em Goiânia. Ele destaca que atualmente, os números são “confortáveis” para a manutenção do número atual da capacidade de internação que a capital possuí. “Não temos essa prioridade, uma vez que já criamos 30 novos leitos, hoje temos uma ocupação média de 52% de ocupação nas UTI’s e de enfermaria, 49%. Estamos numa taxa confortável e repetindo: não é aumentando os leitos que se resolve problemas de covid-19. Aumentar o leito não significa que a covid-19 vai passar e que os bares e restaurantes podem ficar abertos”, destaca.


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