08 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 10:15

Em Goiânia, Maia critica comunicação do Governo Temer ao discutir Reforma da Previdência

Rodrigo Maia esteve em Goiânia nesta quinta-feira (25). (Foto: Samuel Straioto)
Rodrigo Maia esteve em Goiânia nesta quinta-feira (25). (Foto: Samuel Straioto)

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O presidente da República em exercício e presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a comunicação do Governo Temer ao discutir a Reforma da Previdência com a população. Em visita a Goiânia na noite desta quinta-feira (25), durante solenidade de posse da nova diretoria do Sindicato de Corretores de Seguros de Goiás (Sincor-GO), Maia disse que se a comunicação fosse mais simples, talvez hoje haveria menos problemas para colocar o projeto em votação.

“Se o governo tivesse mais simplicidade na comunicação, talvez nossa missão hoje fosse mais simples. Igualdade no sistema previdenciário. O sistema previdenciário está quebrado e a sociedade não acredita nisso. Nós precisamos ser objetivos nesta reta final”, declarou o presidente em exercício, em discurso.

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Em entrevista à imprensa, Maia disse que a data para colocar o projeto em votação está mantida para o mês de fevereiro. Ele espera que até o dia 20, já haja condições suficientes para que a matéria seja apreciada pelos parlamentares. Ao Diário de Goiás, o presidente em exercício disse que ele tem trabalhado junto a líderes partidários a aprovação da matéria. Ele destacou ainda que o ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Marun também tem atuado para garantir pelo menos 320 votos.

Igualdade

Rodrigo Maia afirmou que é preciso apresentar a sociedade a ideia de que a Reforma da Previdência é a Reforma da Igualdade. Ele entende que as mudanças propostas poderão se benéficas para a população.

“Acho que devia focar neste tema: igualdade. A sociedade espera que no sistema previdenciário todos se aposentem com a mesma idade, todos tenham os mesmos direitos. Porque hoje não é assim, hoje aquele que ganha mais se aposenta muito mais cedo e aquele que ganha menos acaba trabalhando muito mais”, afirmou.

Rejeição

O presidente da Câmara dos Deputados avalia que a rejeição em relação a Reforma da Previdência tem diminuído. Ele analisa que neste momento a tarefa não é de convencer a população, mas sim parlamentares.

“A rejeição tem diminuído, já tem 30% de pessoas a favor. Quando se fala da reforma do setor público já tem 70% a favor. Quando se fala em igualdade já há 90% a favor. Nosso desafio não é apenas convencer parte da sociedade, pois nestes temas específicos já é a favor. Nosso desafio é mostrar ao deputado e a deputada que tem um campo que nós temos trabalhado nesta votação, que é nosso foco, nosso objetivo para que todos tenham igualdade no sistema”, declarou.

Déficit

Durante o evento, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), ao discursar também defendeu a Reforma da Previdência. O gestor disse que em Goiás houve um déficit previdenciário no ano de 2017. Ele argumentou que se não houver mudanças, os governos poderão passar por dificuldades.

“A questão da reforma da previdência é muitíssimo importante para o Brasil e para os estados. Eu agradeço por liderar essa discussão. Nós tivemos em Goiás um superávit primário de R$ 740 milhões, mas tivemos um déficit previdenciário de R$ 2,1 bilhões. Isso é compulsório. Não é responsabilidade do governador, quem aprova as leis é o congresso. Nós temos que nos adequar e cumprir o que for aprovado lá. Se essas coisas continuarem, com certeza os governantes terão dificuldades enormes”, destacou.

Acordo

Já o deputado federal Daniel Vilela (MDB-GO), acredita que o tema volte a ser bastante debatido com o retorno dos trabalhos. O parlamentar espera que distorções possam ser corrigidas e que os deputados possam chegar a um acordo para votação da matéria.

“Eu sempre admiti a necessidade de uma discussão e de uma solução para este problema. Eu acho que o texto precisa ser aperfeiçoado, dar maior clareza para corrigir as distorções e não cometer outras em relação a direitos adquiridos. Acho que isso deve acontecer com o retorno dos trabalhos no congresso. Esse é um debate que vai permanecer até se chegar a um acordo e se votar”, ponderou.

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