O presidenciável Fernando Haddad (PT) cumpriu agenda de campanha em Goiânia nesta sexta-feira (28) e, em entrevista coletiva, afirmou que fortalecerá a agricultura familiar e o agronegócio na região Centro-Oeste.
“Em primeiro lugar, visitar o Centro-Oeste é sempre bom, nós temos uma agricultura familiar que precisa ser fortalecida e um agronegócio que precisa ser apoiado. Então, para nós, indistintamente, obviamente olhando para a agricultura familiar em primeiro lugar, nós vamos apoiar a geração de empregos aqui. Nós entendemos que têm algumas tarefas a cumprir. Primeira delas: melhorar a logística, o que significa segurança hídrica, e escoamento, estradas de rodagem, estradas de ferro para que a produção possa escoar. E apoiar muito a Embrapa. A pesquisa está muito secundarizada neste governo, está largada sem apoio do governo federal. Então, fortalecer a Embrapa, diminuir os custos de transporte e garantir a segurança hídrica, água para irrigação, são as três tarefas que vamos enfrentar imediatamente para gerar novos negócios no Estado de Goiás”, disse.
Questionado sobre possíveis alianças no segundo turno, Haddad destacou que poderão compor a base de campanha todas as pessoas e os políticos que aceitarem e concordarem com o plano de governo. No entanto, o momento é de focar em chegar forte no primeiro turno, e s
“Não estamos trabalhando ainda o segundo turno, estamos trabalhando o primeiro turno. Estamos trabalhando para chegar bem ao primeiro turno e no segundo turno nós vamos ampliar as discussões sobre quem assina o plano de governo que estamos apresentando. O pressuposto de qualquer aliança é concordar com as ideias que vamos encaminhar ao Congresso Nacional. Então, antes de discutir nomes e partidos, nós temos que convocar o país para discutir os projetos, quem concorda com essa linha de propostas que estamos apresentando. Todos serão bem-vindos desde que concordem com as ideias que estamos apresentando”.
O candidato à Presidência da República também reforçou que fortalecerá todas as entidades de investigação e o Judiciário, caso seja eleito, assim como foram apoiadas pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
“Nós vamos apoiar no próximo governo todas as instituições que já foram apoiadas pelos nossos governos. Você pode ter certeza do que estou falando. Nosso governo vai apoiar, como sempre fez, a Polícia Federal, o poder Judiciário, o Ministério Público, a Controladoria-Geral da União. Não pairem dúvidas sobre isso. Nosso compromisso é, em 1º de janeiro, chamar essas instituições para apoiá-las. O que nós temos que evitar, e isso é papel do próprio Judiciário, é o erro Judiciário. Para isso que tem recurso, para que uma instância corrija o erro da anterior”, concluiu.
Outros assuntos tratados na coletiva:
Assembleia Constituinte
– Já foi mediado quando o PCdoB passou a mediar a chapa. Houve uma alteração no texto para criar as condições da convocação de uma assembleia exclusiva. Mas é criar as condições. Seria para redigir uma nova Constituição, uma constituinte exclusiva.
Violência contra a mulher
– Uma coisa que deu muito certo em algumas localidades e eu procurei implementar em São Paulo é o fato de que a Lei Maria da Penha foi um avanço muito importante no combate à violência contra mulher. Mas em São Paulo, inspirados por outras experiências, passamos a fazer um acompanhamento das mulheres agredidas, porque muitas delas deixam de prestar queixa depois da primeira queixa porque a violência aumenta ao invés de diminuir. Então, se não houver uma proatividade do Estado para acompanhar a mulher que foi agredida pela primeira vez, muitas vezes a violência vai se perder porque ela vai ficar com medo de representar contra seu companheiro ou contra a pessoa que está agredindo. Esse comportamento é importante. Em São Paulo foi feito pela Guarda Civil Metropolitana, com bons resultados. Nós queremos disseminar essa experiência pelo país.
Partidarismo das instituições de investigação
– Cabe ao Conselho Nacional do Ministério Público julgar a conveniência de abrir uma investigação sobre um eventual partidarismo por parte de instituições que não podem ser partidárias. No meu caso específico, abriu, o Conselho Nacional do Ministério Público abriu um procedimento para investigar a conduta do promotor. Mas isso é um papel do Conselho Nacional, não um papel das candidaturas. Isso pode vir acontecer ou não, depende da situação. No meu caso, o Conselho Nacional considerou muito estranho o procedimento adotado. Mas não posso responder pelos outros. Promotor não pode fazer política, isso que o Conselho Nacional está dizendo, tem que fazer Justiça.
Veja vídeo da entrevista coletiva:
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