23 de dezembro de 2024
Brasil

Em evento, Deltan anuncia 100 medidas contra a corrupção

Procurador da República Deltan Dallagnol. (Foto: José Cruz/EBC)
Procurador da República Deltan Dallagnol. (Foto: José Cruz/EBC)

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, fez um discurso nesta terça (24) em defesa de mudanças no Congresso e disse que “entidades respeitadas da sociedade civil” lançarão um novo pacote anticorrupção que serviria como critério para a eleição de candidatos em 2018.

Ele não explicou quais entidades são essas. Disse que preferia que as próprias entidades façam o anúncio do pacote, que englobaria mais de 100 propostas com melhorias na transparência pública, nas regras de licitação, no sistema político-eleitoral e nas regras de compliance.

“A mudança está nas suas mãos. Está nas mãos da sociedade. Se a maioria do Congresso atual não aprova o pacote anticorrupção então basta que a sociedade coloque lá em 2018 alguém que vai aprovar”, defendeu no evento “O legado da Mãos Limpas e o futuro da Lava Jato”, promovido pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

Além dele, o juiz Sergio Moro estava no evento.

Deltan tem sido abordado por partidos políticos, mas a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal em Curitiba tem dito que nenhum dos procuradores irá se filiar ou concorrer às eleições de 2018.

Ao contrário do pacote anterior, de dez medidas contra a corrupção, que foi submetido ao Congresso após colheita de 1,2 milhão de assinaturas, o novo conjunto de propostas não contaria com um abaixo-assinado.

As dez medidas foram alvos de críticas de advogados.

Já o novo pacote, segundo Deltan, aproveita grande parte do anterior, mas “abandona algumas medidas que foram muito criticadas, mais polêmicas”.

“A estratégia agora não é mais coletar assinaturas, mas sim escolher os candidatos a senadores e deputados que tenham passado limpo, compromisso com valores democráticos e que apoiam esse pacote anticorrupção”, afirmou.

“Esse pacote será submetido a uma ampla discussão em aberta na sociedade e, se for aperfeiçoado e aprovado no Congresso ele revolucionará a luta contra a corrupção no Brasil”, disse. (Folhapress)

 


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