16 de agosto de 2024
Cidades

Em estado de alerta para epidemia, campanha de vacinação não será antecipada em Goiás

Gerente de Vigilância Epidemiológica da SES-GO, Magna Maria de Carvalho. (Foto: Reprodução/Instagram/@SaúdeGoiás)
Gerente de Vigilância Epidemiológica da SES-GO, Magna Maria de Carvalho. (Foto: Reprodução/Instagram/@SaúdeGoiás)

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (3), a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Magna Maria de Carvalho, informou que o Ministério da Saúde não antecipará a campanha de vacinação contra a Influenza A (H1N1) este ano. Além disso, pode ocorrer o atraso da imunização.

“Nós solicitamos ao Ministério, desde o surto da Vila São Cottolengo, a antecipação da vacinação para o Estado de Goiás, em função do aumento de casos. Mas a resposta que temos é que não é possível a antecipação, até porque o Ministério ainda não tinha recebido a vacina do laboratório. Em função de um problema da entrega, o Ministério teve que adiar a vacina para o dia 23. O que a Secretaria está trabalhando é tentando ao máximo reduzir o período de logística, que é da chegada da vacina até a distribuição e organização da campanha, para que a gente leve o mínimo de tempo possível. Então, se a vacina chegar antes do período que dá para iniciar antes do dia 23, a Secretaria vai iniciar. Mas no momento a informação concreta que temos é de início no dia 23 de abril”, explicou.

Ao relatar a situação de Goiás sobre uma possível epidemia, a gerente destacou que o quadro é alterado conforme o monitoramento realizado semanalmente. Até o momento, o estado já registra aumento de 10% dos casos graves em relação ao mesmo período do ano passo.

“Havia um crescimento de casos, mas que ainda não caracterizava epidemia. Então, esse crescimento continua ocorrer. Há duas semanas tínhamos uma redução de 20% dos casos, na semana passada era de 10%. Agora já temos um aumento de 10%. Então, esse acompanhamento é feito semanalmente, a situação muda. A gente não entra imediatamente no período de epidemia. Existem várias fases e que há uma análise feita para sair de uma fase para a outra. Então, nós saímos de uma fase de normalidade para uma fase de alerta para epidemia”

Enquanto a vacina não chega a Goiás, a população deverá tomar uma série de cuidados para evitar a transmissão da H1N1. As recomendações são mais enfáticas para os profissionais da área da saúde e pessoas que compõem o grupo de risco, como gestantes, crianças de seis meses a cinco anos, doentes crônicos e idosos.

“Evitar grandes aglomerados, principalmente as pessoas que estão no grupo de risco, evitar ficar em locais públicos com muitas pessoas, e cuidado básico, a lavagem das mãos. A transmissão da Influenza é feita por gotículas, então o vírus pode ficar suspenso, pode ficar em superfície até por mais de um dia. Então, sempre lavar as mãos com maior frequência do que vinha sendo feito. Na impossibilidade, usar o álcool em gel, lenço ao tossir ou espirrar, cuidados com a alimentação e hidratação do corpo, são cuidados que amenizam a situação”, concluiu a gerente.

Dados

Conforme a Secretaria, até o momento 50 casos de Influenza foram registados em Goiás, sendo 44 do vírus H1N1, cinco de H3N2 e um de Influenza B. Do total de casos registrados, foram confirmadas três mortes por H1N1 e uma por H3N2.

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