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Silenciado após um ano preso, Lula foi autorizado a conceder entrevista no inicio da tarde desta sexta-feira. O Jornal El País e Folha de São Paulo estiveram na sede da Polícia Federal em Curitiba para entrevista o ex-presidente da República, condenado a 12 anos e um mês. Encarcerado no dia 7 de abril do ano passado, Lula fez uma aparição pública recentemente, para comparecer ao velório do seu neto, Arthur Araújo Lula da Silva que morreu em decorrência de uma infecção generalizada.
Na entrevista, Lula diz que não guarda mágoa daqueles que o condenaram. “Na minha idade, quando a gente fica com ódio as pessoas morrem antes, então como eu quero viver até os 120 eu vou trabalhar muito pra provar minha inocência”. No entanto, a única coisa que vem pedindo é que a justiça seja feita e os juízes passem a julga-lo sem considerar as manchetes que aparecem nos jornais. “Eu tenho certeza que eu durmo todos os dias com consciência tranquila”, salienta. “Eu quero provar a farsa que foi montada”.
Lula volta a usar a narrativa de que está sendo julgado com provas não fundamentadas. “Haverá um dia em que as pessoas que irão me julgar estarão preocupados com os autos do processo, as provas contidas no processo e não com a manchete do Jornal Nacional e as capas das revistas. As pessoas se comportarão como Juízes Supremos de uma Corte que a única coisa que a gente não pode recorrer.”, ressalta.
O ex-presidente também elogiou a Corte e relembrou votações importantes para o Brasil como o discussão sobre células tronco, a união civil entre pessoas do mesmo sexo e o sistema de cotas para incluir negros nas Universidades.
Reiterando sua inocência afirma que até mesmo o ex-juiz e condutor da Operação Lava-Jato e hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro sabe que Lula é inocente. “Eu só quero que me julguem em função das provas. Eu tenho certeza, o Moro tem certeza. Se as pessoas não confessarem agora no dia da extrema unção a gente vai confessar. O Moro tem certeza que eu sou inocente. Esse Dallagnol tenho certeza que é mentiroso e mentiu ao meu respeito”, conclui.
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