23 de dezembro de 2024
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Em entrevista à CNN, Lula diz que negação da política criou Bolsonaro, Hitler e Mussolini

Lula também criticou Aécio Neves e o responsabilizou por ter começado a criar um clima de instabilidade no país
Lula também criticou Aécio Neves e o responsabilizou por ter começado a criar um clima de instabilidade no país (Foto: Reprodução/ CNN)
Lula também criticou Aécio Neves e o responsabilizou por ter começado a criar um clima de instabilidade no país (Foto: Reprodução/ CNN)

Em sabatina conduzida pelo jornalista William Waack à CNN nesta segunda-feira (12/09), o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o que chamou de movimento de ‘negação à política’ e disse que a ‘destruição da política’ acabou criando ditadores como Adolf Hitler, na Alemanha e Benito Mussolini, na Itália. Nesse comentário colocou o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) no mesmo patamar que a dupla nazi-fascista.

“Houveram vários fatores que permitiram que o Brasil entrasse nesse clima de nervosismo. A negação da política, a destruição da política permitiu que surgisse um Bolsonaro como permitiu na Alemanha que surgisse um Hitler e como permitiu na Itália que surgisse um Mussolini. Toda vez que você nega a política, o que vem depois dela, foi muito pior”, destacou na entrevista.

Questionado pelo jornalista William Waack sobre a instabilidade política que o país vive, Lula respondeu que esse clima iniciou-se depois das eleições em 2014 e responsabilizou o ex-senador Aécio Neves (PSDB) por todo o contexto que o Brasil vive.

“Até então vivíamos numa normalidade [o questionamento de Aécio]. Você nunca tentou derrubar um presidente porque ele não estava bem na pesquisa. Inventaram uma pedalada, trocaram a pedalada por uma motociata”, numa referência a um dos símbolos do bolsonarismo. 

“Tiraram a Dilma para construir a ponte para o futuro e demonstraram as coisas que vinham acontecendo no país. O país vivia numa normalidade, não tínhamos dificuldade de relacionamento com partidos políticos. FHC não teve, Sarney não teve. Isso começou depois de 2014, 2015 quando Aécio Neves não aceitou o resultado das eleições e instigou com que Eduardo Cunha se comportasse da forma como se comportou”, destacou.


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