Na tentativa de se viabilizar como principal voz de oposição a Jair Bolsonaro, o ex-governador cearense Ciro Gomes afirmou nesta segunda-feira (29) que fará um enfrentamento político com o capitão reformado e que irá cobrar dele respeito ao conjunto da sociedade, incluindo os grupos minoritários.
Em carta aberta, divulgada nas redes sociais, ele pregou a necessidade do militar respeitar os valores democráticos e de não desrespeitar a Constituição Federal.
Veja a carta na íntegra:
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“Que não pense o senhor presidente eleito, nem de longe, em violar o respeito que deve ao conjunto da nação, independentemente de configurarem minorias ou grupos sociais críticos às suas posturas. Só assim merecerá o respeito à autoridade que adquiriu nas eleições”, disse.
Em uma crítica indireta ao PT, partido ao qual tem tentando se diferenciar no campo da esquerda, ele ressaltou que a um “democrata verdadeiro” se impõe reconhecer a vitória de um adversário político e que a nova oposição não se confunde com forças que só defendem a democracia “ao sabor de seus interesses mesquinhos”.
“Nos enfrentará a todos nós que lhe movemos oposição dentro do marco da decência e do espírito público. Essa oposição que nasce não se confunde com forças que só defendem a democracia ao sabor de seus interesses mesquinhos ou crescentemente inescrupulosos ou mesmo despudoradamente criminosos”, disse.
O tom da carta é uma tentativa de Ciro de se colocar como uma alternativa no campo oposicionista a Fernando Haddad, que já tem articulado uma frente de esquerda, encabeçadas por ele, de oposição ao novo governo.
A ideia é que, a partir de janeiro, o PDT já lance Ciro como candidato em 2022 ao Palácio do Planalto. Ele pretende aumentar a sua presença em Brasília no próximo ano e iniciar um périplo pelo país para consolidar o seu nome.
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