Em seu discurso de despedida do comando da ditadura cubana nesta quinta-feira (19), Raúl Castro criticou a prisão do ex-presidente Lula, seu amigo pessoal, no Brasil.
“[Depois do] golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, se consumou a prisão arbitrária do companheiro Lula, cuja liberdade reclamamos”, disse o comandante.
“Hoje [Lula está] submetido à prisão política para impedir que ele participe das próximas eleições presidenciais, já que segundo diferentes pesquisas, se houvesse eleições hoje, ninguém poderia ganhar de Lula”.
As declarações foram dadas na Assembleia Nacional em Havana, onde Raúl fez um longo discurso após passar o cargo de presidente para seu indicado, Miguel Díaz-Canel.
Em sua fala, na qual deu uma série de instruções para o sucessor, Raúl também falou sobre uma série de assuntos, entre eles a relação de Cuba com os Estados Unidos e de uma reforma constitucional em Cuba.
Embora tenha deixado oficialmente a chefia de governo e de Estado, Raúl deve se manter no poder, já que seguirá como comandante das Forças Armadas e na liderança do Partido Comunista Cubano. (Folhapress)
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