O governador Zé Eliton (PSDB) participou, nesta segunda-feira (10), de debate organizado por veículos de comunicação (rádio Bons Ventos FM, pela rádio Bandeirantes AM, TV Goiânia, Diário de Goiás) em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Goiás (OAB-GO) com os candidatos ao governo. Durante o embate de ideias, mediado pelo jornalista Altair Tavares, o governador manteve o tom objetivo, firme e propositivo. Assegurou que as conquistas estão garantidas e criticou propostas dos adversários que procuram solucionar os problemas de governança com “passes de mágica”.
No primeiro bloco, na abertura do evento, durante sua apresentação, Zé Eliton parabenizou os organizadores do debate e os diversos veículos de comunicação que o produziram, e lembrou que estava retornando a sua casa, se referindo a OAB, como advogado que é, para debater mais uma vez temas importantes para a sociedade. “Fico muito feliz de participar de mais um debate onde o cidadão terá a oportunidade de conhecer um pouco mais do que pensam cada um dos candidatos”, disse.
FUNCIONALISMO
No segundo bloco, os candidatos responderam perguntas dos realizadores, com comentários de adversários. Ao replicar pergunta sobre propostas para o funcionalismo público, e diminuição de gastos com a folha, originalmente dirigida a Daniel Vilela (MDB), Zé Eliton assinalou que o trabalho do governo sempre foi efetivo nesta área e conseguiu manter o pagamento dos servidores em dia, ao longo dos anos. “E assim vamos continuar a fazer, com muita responsabilidade”, garantiu. Zé Eliton disse que seu Plano de Governo tem uma série de propostas, além daquelas em que está avançando.
“No âmbito da meritocracia, Goiás se destaca em nível nacional, como aquele estado que mais proveu cargos, a partir do selecionamento de servidores pelo processo democrático, do mérito de cada servidor”, lembrou. Zé Eliton citou que está propondo a criação de um laboratório de inovação dos serviços públicos. “Um avanço que garantirá melhorias no ambiente colaborativo , nas ações de governança”, disse. O governador citou também a digitalização de processos internos do Poder Executivo , além da política continuada de valorização dos servidores. “Os servidores públicos sabem do nosso compromisso, que nós temos responsabilidade com o pagamento em dia deles”, assinalou.
O governador citou que não é fácil governar em cenários de crise, mas que, apesar delas, como a paralização dos caminhoneiros, que reduziu em quase 30% a arrecadação do estado, o estado manteve suas obrigações em dia. “Nem por isso deixamos de honrar nossos compromissos. Enquanto governador eu for, estarei sempre trabalhando para a manutenção do equilíbrio fiscal e cumprimento das nossas obrigações”, assegurou.
Ele criticou a postura do adversário, que não respondeu diretamente a pergunta da jornalista Rosane Kotoski, da Rádio Bandeirantes 820 AM, e foi pouco objetivo. E declarou que, ao contrário do que o adversário insinuava, no governo não há soluções mágicas para manter as contas e o pagamento dos servidores em dia, e sim planejamento. “Nós não faremos nenhuma mágica, nós haveremos de trabalhar, como sempre trabalhamos, para manter o pagamento dos servidores públicos em dia. Quem não tem competência não consegue se estabelecer e precisa ficar buscando instrumentos de governança em passes de mágica, que me parecem que não existem” , disse. “Vocês observaram ,na tréplica da resposta anterior, que candidato Daniel apenas elevou o tom de voz, sem responder a pergunta com relação ao funcionalismo público”, observou, sobre o adversários abordar outros temas e ataques pessoais . “Porque, evidentemente, não tem conteúdo”, avaliou.
Respondeu também crítica do emedebista sobre pagamento dos advogados que prestam assistência judiciária., e mencionou o constante diálogo com a academia e com a OAB. “Quando se fala especificamente de honorários, o presidente da Ordem sabe muito bem disso, nós já estivemos por diversas vezes discutindo este tema, acordamos e avançamos”, disse.
DIÁLOGO
O governador também teve a oportunidade, neste bloco, de falar sobre a prática do governo de manter diálogo aberto com todos os segmentos da sociedade, ao responder pergunta da jornalista Laura Braga, do Diário de Goiás, sobre política de diálogo do governo com empresários e líderes sindicais e sociais. “Nós mantermos sempre um diálogo franco com o setor produtivo. Temos o Fórum Empresarial, que foi fundamental para estabelecermos políticas públicas que garantiram o desenvolvimento do estado de Goiás”, citou.
O governador mencionou que esta política gerou o salto do estado no PIB, de cerca de R$ 17 bilhões para hoje mais de R$ 200 bilhões, e a atração de duas mil empresas para o estado, através de programa de incentivos fiscais e geração de 216 mil empregos . Mencionou o acolhimento de sugestões do empresariado, como o Difal. “Temos o Fórum de Trabalhadores, permanente instrumento de diálogo com o governo”, disse, também. “Portanto, temos uma tradição de manter sempre o diálogo com todos os setores, desde o setor produtivo, patronal, passando pelos trabalhadores, dialogando sempre com eles, sobre os grandes temas que os envolvem”, assinalou. “É claro que existem dificuldades, mas nós solucionamos as dificuldades sentado à mesa, dialogando com todos”, assinalou. Sobre a capacidade de diálogo, o governador ainda observou: “Nós sempre dialogamos com todos e vamos continuar dialogando com todos, porque é na mesa que se resolvem os problemas”, afirmou.
Treplicando a candidata Kátia Maria (PT) sobre o tema, o governador rechaçou a colocação da petista de que há falta de democracia e diálogo com alguns segmentos sociais e com o próprio empresariado. Zé Eliton disse que não seria correta a afirmação da candidata e mencionou a articulação que desenvolveu o Programa Goiás na Frente Terceiro Turno, que abrangeu movimentos sociais, como o movimento camponês popular, defendido pela petista. “Estive reunido com eles diversas vezes. Nós construímos, talvez, o melhor case de sucesso no que diz respeito à construção de casas no campo, para pessoas carentes, pequenos lavradores”, mencionou.
O programa premiou, como lembrou Zé Eliton, entidades que auxiliam nas diversas áreas de governança, seja na proteção ao menor infrator, dependentes químicos, idosos. “Conseguimos estabelecer uma agenda que projetou o estado de Goiás para outro patamar de desenvolvimento”, assegurou. “O que nós temos que ter é correção intelectual, a eleição não é um vale tudo, não é uma figura de retórica”, assinalou, em crítica a candidata.
O governador observou, ainda, sobre a postura de outros adversários: “Eu fico aqui ouvindo pessoas falando ‘modéstia a parte’, como se modéstia fosse algo que tivesse. É sempre arrogância pura de achar , por exemplo, que foi o único que defendeu os incentivos fiscais no Senado. Todo mundo aqui sabe o trabalho da senadora Lúcia Vânia naquela casa pelos incentivos. As pessoas não tem noção mais, perderam o contexto de realidade das coisas, de discussão com seriedade. A população merece seriedade nas tratativas dos candidatos”, afirmou.
Leia mais sobre: Política