O empresário Otávio Lage Filho afirmou nesta segunda-feira (23/09) na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, durante a sua apresentação inicial na CPI dos Incentivos Fiscais, que nos últimos dez anos (2009 a 2018) o grupo Jalles Machado foi beneficiado com R$ 280,8 milhões em incentivos fiscais, mas pagou R$ 292,8 milhões em ICMS e realizou investimentos que somaram R$ 1,452 bilhão na região de Goianésia.
“Só de ICMS, pagamos hoje quatro vezes mais, saltando de R$ 12,6 milhões em 2009 para R$ 51,7 milhões no ano passado. Ou seja: os incentivos respondem por cerca da metade de todo o imposto estadual da nossa empresa, mas foram responsáveis pelo expressivo aumento da nossa arrecadação do ICMS”, explicou.
O empresário frisou ainda que, mesmo com incentivos fiscais, a alíquota média de Goiás sobre o etanol (hidratado) é maior que a média em São Paulo. A alíquota em Goiás do ICMS é de 25%, mas com incentivos cai para R$ 13,8%.
O governo paulista cobra 12%. Portanto, sem os benefícios, o preço do produto seria mais caro para o consumidor final. Os benefícios gerados pelos incentivos fiscais não foram apenas com o aumento da arrecadação do ICMS gerado pelo crescimento da usina, destacou o empresário.
Mas, principalmente, com os milhares de empregos diretos criados, oportunidade de renda para os prestadores de serviço e, especialmente, pelo forte incremento de renda gerado na região.
“Em 1991, primeiro ano que fomos beneficiados pelo Fomentar, tínhamos 386 trabalhadores na Jalles Machado. Com os investimentos e aumento da produção, no ano passado eram 2,2 mil empregos diretos na média, chegando a 2,8 mil no período de safra. Mais do que quintuplicou. A taxa média de crescimento de empregos na nossa empresa é de 8,2% ao ano, acima da média estadual e também do nosso setor”, afirmou Otávio Lage Filho. Ele destacou também que a geração de empregos na Jalles Machado tem sido, em média, o dobro da meta exigida pelos programas de incentivos do Estado.
O aumento da renda propiciado com o crescimento da Jalles Machado também aumentou significativamente para a população de Goianésia e região. Somente no ano passado, a empresa pagou uma folha salarial de R$ 175 milhões, acrescida de R$ 26,4 milhões em benefícios aos empregados. Para as empresas prestadoras de serviço, foram mais R$ 200 milhões pagos em 2018.
“É um crescimento de 420% em relação ao montante pago pela nossa empresa em 2009 em salários, benefícios e prestadores de serviço. Isto é aumento do poder de renda para a população de Goiás, especialmente em Goianésia. Não se pode falar em renúncia fiscal de algo que não existia. Só houve investimento, com geração de empregos e arrecadação de ICMS, porque houve o incentivo fiscal”, frisou Otávio Lage Filho.
Leia mais sobre: Cidades