22 de dezembro de 2024
Chamou pro embate • atualizado em 11/03/2022 às 14:57

Em clima de candidatura, Marconi Perillo reforça preparo para confrontar Caiado: “Eu não tenho medo. É hora do debate”

Em um discurso efusivo e cheio de memórias passadas em suas gestões no Palácio das Esmeraldas
O encontro aconteceu nesta quinta-feira (10/03) em uma Igreja na Região Noroeste de Goiânia e fez parte de uma série de ações que o PSDB tem organizado (Foto: Reprodução)
O encontro aconteceu nesta quinta-feira (10/03) em uma Igreja na Região Noroeste de Goiânia e fez parte de uma série de ações que o PSDB tem organizado (Foto: Reprodução)

Ainda sem definir qual cargo irá concorrer nas eleições no segundo semestre, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) parece já ter entrado no clima da candidatura para o pleito. Em um discurso efusivo e cheio de memórias passadas em suas gestões no Palácio das Esmeraldas, o tucano disparou críticas ao atual governador Ronaldo Caiado (União Brasil), mesmo não citando seu nome diretamente. Interrompido algumas vezes com aplausos, disse estar pronto para o debate e que chegou o momento da ‘confrontação’ entre as administrações. 

O encontro aconteceu nesta quinta-feira (10/03) em uma Igreja na Região Noroeste de Goiânia e fez parte de uma série de ações que o PSDB tem organizado para colocar o nome de Marconi Perillo em evidência no período de pré-campanha. O nome do evento dá o tom ao que os tucanos pretendem estimular no eleitorado: “Movimento Desperta Goiás!”. A próxima edição será no dia 23 de março, em Hidrolândia. 

Em um discurso recheado de lembranças sobre as gestões tucanas em Goiás, Perillo rememorou das operações que seu governo foi alvo. Sem citá-las nominalmente fez referência a Operação Decantação, do Ministério Público do Estado de Goiás, em 2016. À época, o presidente do PSDB em Goiás Afrêni Gonçalves, e ex-secretário da Fazenda de Goiás e atual presidente da Saneago, José Taveira Rocha. “Fizeram acusações que depois o juiz absolveu sumária condenando a atitude do Ministério Público que tomou iniciativas cruéis”, disparou. Na sequência, citou a Operação Cash Delivery às vésperas das eleições em 2018. “Tiraram nosso mandato. Atrapalharam a eleição do José Eliton e o que esse cara fez à Goiás?”, indagou iniciando uma série de ataques à atual administração.

A partir deste momento, Perillo disparou o que chamou de ‘comparações’ entre os governos. “Inventaram uma armação. Se passaram quatro anos. O que é que provaram contra os nossos governos? Nada. Nunca tomamos a iniciativa de tomar um tostão, senão não sobraria dinheiro para fazer o que fizemos. Imagina: tínhamos aumento salariais permanentes, pagamos os servidores  antecipadamente, pagávamos o décimo terceiro no mês do aniversário. Nós damos incentivos para trazer indústrias para cá. Pagávamos a divida externa pontualmente em dia. As pessoas tinham empregos e eram felizes”, disparou.

Na tese do tucano, Caiado não ainda não mostrou a que veio, já findando a primeira gestão a não ser a alteração na nomenclatura dos nomes de programas. “Hoje não se paga um centavo da dívida do estado. Não se dá aumento nenhum para funcionário público. Eles são humilhados hoje, escravizados. Os programas sociais foram cortados, mudaram seus nomes. Cortaram os incentivos fiscais dos empresários que estão levando suas indústrias para fora. A única mudança que aconteceu em Goiás foi a mudança dos nomes. Mudaram os nomes dos nossos hospitais. Tantos programas que a gente criou”

Aos aplausos, Perillo indicou que está pronto para caminhar nas eleições, independente do cargo, mas se for para ser uma candidatura ao Governo do Estado, está preparado. “Mas agora, está chegando o tempo da nossa caminhada: é a hora da confrontação, do encontro, de confrontar os governos, é a hora do debate. Eu estou aqui pra dizer que estou pronto.”

Já no fim de sua fala, sem citar o nome de Caiado, o chamou de ‘impostor’ e partiu para a provocação. “Com a coragem de sempre, para olhar nos olhos deste impostor que transformou Goiás como se fosse uma fazenda dele, com autoritarismo e perseguição. Estou pronto para olhar nos olhos e discutir qualquer assunto: corrupção, obras, desenvolvimento, educação e saúde. Qualquer tema!”. Finalizou dizendo que sempre o questionam se vai voltar à política ou não. “Quero dizer para meus amigos: eu não vou voltar não. Eu já voltei”, disparou.


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