Durante 13 dias de buscas pelo PM Luca Romano Angerami, 21 anos, a Polícia Militar de São Paulo já encontrou sete corpos em cemitérios clandestinos e em um imóvel abandonado na Baixada Santista, no litoral paulista. Filho de uma família com vários policiais, o soldado desapareceu no dia 14 de abril.
Renzo Angerami, investigador da Polícia Civil e pai do militar desaparecido, fez apelo por áudio em grupos de WhatsApp de policiai. Ele implorou por apoio nas buscas. “Estou desesperado, nunca senti um negócio desse. Pelo amor de Deus, rapaziada, por favor… Achem meu filho”. Alberto Angerami, avô do soldado, já foi delegado-geral adjunto da Polícia Civil de São Paulo.
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Corpos não identificados
Os agentes envolvidos nas buscas descartaram que algum dos corpos seja do PM desaparecido. O IML trabalha na identificação, mas nenhum dos mortos já foi identificado.
Ao menos seis corpos foram encontrados em cemitérios clandestinos no Guarujá. Desses, cinco foram localizados na última semana.
Um corpo carbonizado foi encontrado dentro de um imóvel em São Vicente no primeiro dia de buscas. Conforme reportagem do portal UOL, os agentes chegaram a cogitar que o cadáver fosse do PM desaparecido, mas a hipótese foi descartada.
No dia 16, os agentes localizaram um corpo enterrado em um cemitério clandestino em um morro nos fundos da praia da Enseada.
Além desses, as ossadas de um casal foram localizadas na segunda-feira (22) na Vila Baiana. Dois dias depois, PMs encontraram outros três corpos em estado avançado de decomposição na mesma região após uma denúncia anônima.
As buscas envolvem PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, segundo a Secretaria da Segurança Pública. A SSP informou ao portal ter identificado um barraco no Guarujá onde o PM teria sido feito refém pelos suspeitos antes do desaparecimento. “Diligências prosseguem para esclarecer os fatos e localizar o policial”, afirmou a pasta por meio de nota na sexta (26).
Sumiço é tratado como homicídio
Dois dos cinco suspeitos presos por envolvimento no sumiço dizem que o PM foi assassinado. Por isso caso é investigado como homicídio.
Em conversa pelo WhatsApp, um dos presos indica ligação com PCC e afirma que o policial foi morto. Outro preso, diz que o soldado foi baleado e jogado em um rio em São Vicente após ter as pernas amarradas. Eles foram presos por suspeita de envolvimento nos crimes de homicídio, sequestro, roubo e tráfico de drogas.
Um dos presos disse que Angerami “estava muito louco” e foi abordado por pessoas ligadas ao tráfico de drogas “porque tinha uma mulher gritando no carro”. Em depoimento, o irmão de militar desaparecido havia dito que o PM teria ido a um estabelecimento e, de lá, teria mandado mensagem para uma mulher que também estava no local.
Carro encontrado
O Corolla do militar foi encontrado na rodovia Conego Domenico Rangoni, no Guarujá. O carro estava aberto, com as chaves no porta-malas e sem o estepe. A Polícia Civil investiga se há material genético do soldado para fazer eventual coleta de DNA.
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