Houve aumento na procura por cursos profissionalizantes no Brasil, de acordo com o mais recente dado do Censo Escolar da Educação Básica, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ao passo que aumentou, também, o número de estudantes que não estudam nem trabalham, o que os inserem no grupo chamado de “nem-nem”.
O número de nem-nem atingiu recorde no último trimestre, superando números de jovens desempregados e sem vínculo estudantil nos últimos oito anos, segundo dados da pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A pesquisa indica que o aumento é motivado pelo desemprego.
De acordo com o levantamento da FGV, os maiores percentuais desse grupo, no último trimestre de 2020, estavam entre mulheres (31,29%), pretos (29,09%), moradores do Nordeste (32%) e de periferia das maiores metrópoles brasileiras (27,41%), chefes de família (27,39%) e pessoas sem instrução (66,81%).
Para conseguir um rápido retorno ao mercado de trabalho, muitas pessoas buscam os cursos profissionalizantes, o que explica o aumento na procura por essa modalidade de ensino nos últimos anos. Apesar do avanço, o número ainda é inferior ao de outros países como a Alemanha.
O que são cursos profissionalizantes
Os cursos profissionalizantes são voltados para o rápido ingresso no mercado de trabalho e, normalmente, são oferecidos junto ou após o ensino médio. Essa modalidade de ensino capacita aluno para uma determinada profissão, por isso as aulas são focadas em uma área e possuem curta duração.
Por meio de um curso profissionalizante é possível seguir carreira em uma área sem o ensino superior, se profissionalizar e atualizar os conhecimentos para se inserir no mercado de trabalho.
Dentre os cursos profissionalizantes que estão em alta no Brasil, destacam-se:
-Ajudante de laboratório
-Confeitaria
-Eletricista
-Atendimento e Recepção em Hotelaria
– Informática
-Marcenaria
– Cozinheiro
Duração dos cursos profissionalizantes
Como os conteúdos são voltados para a prática, os cursos profissionalizantes têm duração média de um a dois anos. Contudo, independentemente do tempo de cada curso, todos possuem grade curricular elaborada pelas empresas, a fim de garantir a sintonia entre os estudantes que entram no mercado de trabalho e as corporações.
Os cursos profissionais são comumente indicados para quem quer conseguir o primeiro emprego, assim como para quem já tem experiência e quer mudar de área. Em alguns casos, a remuneração das profissões técnicas pode ser maior do que as de ensino superior.
Curso profissionalizante x graduação
O que diferencia um curso profissionalizante de uma graduação são o foco na área de atuação, o tempo de formação e o nível de escolaridade.
Para começar uma graduação o estudante precisa ter concluído o ensino médio. Já o curso profissionalizante dispensa essa exigência.
Além disso, para fazer faculdade é preciso prestar vestibular ou fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que não é necessário para o curso profissionalizante.
Outro quesito que deve ser levado em consideração na escolha é o tempo de duração de cada curso. Enquanto é possível concluir um curso profissionalizante em até dois anos, na faculdade o período de formação é a partir de quatro anos.
Outra diferença está na abordagem dos conteúdos. Na graduação, o foco é abrangente e dividido entre teórico e prático. Na profissionalização, as aulas costumam ser mais práticas com foco no mercado de trabalho.
Bolsas de estudo para cursos profissionalizantes
Uma das maiores diferenças entre o curso profissionalizante e a graduação está no preço. As mensalidades de uma faculdade nem sempre são acessíveis para todos os estudantes. Nessa comparação, os cursos profissionalizantes são mais procurados por terem preços mais baixos. É possível fazer um curso profissionalizante pagando R$24, por exemplo, em cursos on-line com bolsas de estudo do Educa Mais Brasil.
Se o interesse é mesmo a graduação, também é possível economizar na mensalidade por meio de bolsas de estudo para o ensino superior oferecidos por programas de inclusão educacional.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil
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