Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido Cadu, assassino confesso do cartunista Glauco, surpreendeu ao dizer frases como: “me condena a 30 anos porque 10 é pouco”, em audiência de instrução e julgamento realizada ontem (25), na ação penal em que responde pelos crimes de duplo latrocínio, receptação e porte ilegal de arma de fogo.
Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), a frase foi dita por Cadu após ele ser questionado sobre o fato de ter colocado fogo no colchão da cela em que estava preso. O episódio ocorreu no último dia 27 e, por isso, Cadu sofreu medidas disciplinares como isolamento e suspensão de visitas.
O interrogatório durou cerca de uma hora e, durante a maior parte desse tempo, Cadu sorriu e se recusou a responder a maioria das perguntas feitas pela magistrada, promotor de Justiça, assistente de acusação e defesa.
Cadu ainda disse frases como “eu morei com o Gasparzinho” e “meu pai é amigo do cebolinha” ao ser questionado onde ele vivia antes de ser preso e sobre seu pai. Ao ser indagado sobre uma carta que ele teria escrito dentro do Núcleo de Custódia, Cadu disse: “eu não escrevi a carta, foi o Chico Xavier”.
A defesa de Cadu requereu que seja realizada avaliação do denunciado por psiquiatra indicado pela família, considerando o agravamento da enfermidade mental de Cadu e o seu encaminhamento a uma clínica psiquiátrica a fim de submetê-lo ao tratamento adequado. No entanto, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) discordou e ainda solicitou que seja expedido ofício à diretoria da Polícia Civil, requisitando a complementação das investigações a fim de que revelar a autoria da pessoa que praticou em coautoria os dois latrocínios, bem como o autor intelectual da prática dos crimes contra o patrimônio.
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