Durante assembleia geral, realizada na manhã deste sábado (19), no Ginásio Rio Vermelho, em Goiânia, os servidores e serventuários da Justiça do Estado de Goiás decidiram pela greve geral no Poder Judiciário.
A maioria dos votos presentes optou pela paralisação. A greve será iniciada 72 horas após a comunicação ao Judiciário, ou seja, na próxima quinta-feira (24).
De acordo com o presidente do Sindicato, Fábio Queiroz, os servidores decidiram pela greve devido à falta de aplicação legal da data-base referente ao mês de janeiro, matéria que está pronta para ser apresentada e votada na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).
“A leitura que nós temos é que o próprio governador tem mandado mensagem à Assembleia para que não seja votada a data-base dos servidores da Justiça, alegando situações financeiras do Estado. Mas o que os servidores cobram é a autonomia do Poder Judiciário em respeito à própria determinação da Constituição Federal”, afirmou.
Para Fábio, houve diversas tentativas em realizar uma negociação para o reajuste de 7% do salário, mas nenhuma deu certo. “Tivemos várias tentativas de negociação junto à Assembleia Legislativa, com o líder do governo. Inclusive pedimos pauta com o governador e até o momento nós não fomos atendidos. Infelizmente chegamos à conclusão de que até o momento não deram ouvidos às nossas reinvindicações”.
O presidente ainda explica o porquê não há dificuldade no pagamento dos 7% a mais no salário. “Isso é reposição, não é aumento salarial. A reposição vem pelas perdas inflacionárias que aconteceram em 2014. A nossa reposição seria de 9,63%, mas o índice caiu para 7%. O percentual de 7% está impactado dentro do orçamento do Tribunal de Justiça, então, não tem como o governador falar que não vai pagar”, concluiu.
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