10 de agosto de 2024
Mundo

Após 19 anos sem pena de morte feminina, Singapura executa mulher por tráfico de drogas

No país, grupos de direitos humanos condenaram como um “marco sombrio” para a cidade-estado e suas leis antidrogas
Antes de Saridewi, a última mulher enforcada em Singapura foi a cabeleireira Yen May Woen, 36, em 2004, também por tráfico de drogas. (Foto: reprodução/ilustração)
Antes de Saridewi, a última mulher enforcada em Singapura foi a cabeleireira Yen May Woen, 36, em 2004, também por tráfico de drogas. (Foto: reprodução/ilustração)

Depois de 19 anos sem sentenciar ninguém à pena de morte, A Justiça da Singapura enforcou, na última sexta-feira (28), uma mulher condenada por tentar traficar 31 gramas de heroína. No país, grupos de direitos humanos condenaram como um “marco sombrio” por suas leis antidrogas consideradas por muitos como severas. As informações são da CNN.

A condenada foi Saridewi Djamani, uma singapuriana de 45 anos, que estava na prisão de Changi, segundo Departamento Central de Narcóticos (DCN) em nota divulgada horas depois do enforcamento. A sentença da pena de morte, dita “obrigatória”, foi dada em 2018 logo após a condenação pela posse das 31 gramas de heroína.

Antes de Saridewi, a última mulher enforcada em Singapura foi a cabeleireira Yen May Woen, 36, em 2004, também por tráfico de drogas.

Sobre as leis antidrogas de Singapura, decididas por um governo inflexível, qualquer um pego traficando, importando ou exportando certas quantidades de drogas ilegais como metanfetamina, heroína, cocaína ou produtos de cannabis recebe a sentença de morte obrigatória.

Ainda de acordo com a CNN, o país já enforcou 15 pessoas – incluindo estrangeiros e um homem com deficiência intelectual – desde que retomou as execuções por condenações por drogas no ano passado, no que os ativistas dizem ser um ritmo acelerado após encerrar um hiato de dois anos devido à pandemia.

“A pena de morte é usada apenas para os crimes mais graves, como o tráfico de quantidades significativas de drogas que causam danos muito graves, não apenas aos usuários de drogas individuais, mas também às suas famílias e à sociedade em geral”, disse o DCN em nota.


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