08 de agosto de 2024
Política • atualizado em 12/02/2020 às 23:40

Em Anápolis, Gomide é bem avaliado; Marconi e Dilma, ao contrário

 

(Texto publicado originalmente na Tribuna do Planalto, por Fagner Pinho)

A administração do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), agrada bem o eleitor de sua cidade. É o que revelam os números da pesquisa Tribuna do Planalto/ Grupom, realizada com 396 entrevistados entre os dias 29 de janeiro e 8 de fevereiro deste ano no município anapolino, terceiro maior colégio eleitoral do Estado de Goiás. No geral, Dilma Rousseff, petista a exemplo do prefeito Antônio Gomide, foi a mais mal avaliada pelo eleitor de Anápolis.

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Gomide dá um passeio em comparação com seus pares dos Executivos Estadual e Federal, obtendo alta aprovação, que atinge 85,4% somando-se os percentuais destacados como ‘ótimo’ e ‘bom’ na pesquisa. A presidente Dilma Roussef tem aprovação de 41,9% dos eleitores anapolinos, enquanto Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás, tem a administração aprovada por 41,6% nos mesmos itens.
Os números, complementares à pesquisa das intenções de voto das Eleições 2014 para o Governo do Estado e Presidência da República, realizadas no mesmo período no município anapolino, confirmam que a figura de Antônio Gomide é muito bem recebida pelos habitantes de Anápolis. A presidente Dilma Roussef (PT), no entanto, não entusiasma tanto o eleitor fiel ao prefeito.
Quando se fala em reprovação, Dilma é vista com reservas. A presidente é a líder nesse quesito negativo, sendo desaprovada por quase 40% do eleitorado da cidade. Marconi atinge 37,6% dentre avaliações de ‘péssimo’ ou ‘ruim’, enquanto o prefeito de Anápolis tem margem de rejeição baixa, de pouco mais de 4%. A margem de erro da pesquisa é de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos.

Aprova ou desaprova
Apesar de ultrapassar a marca de 80% de aprovação dentre os eleitores de Anápolis na pesquisa estimulada que avalia em conceitos a sua administração, é em outra pesquisa que a força de Antônio Gomide se mostra mais em voga. Na avaliação direta, quando o entrevistado responde apenas se ‘aprova’ ou ‘desaprova’ a gestão municipal, a estadual e a federal, nove entre dez anapolinos aprovam o prefeito petista.
Com apenas duas opções para responder, o eleitor se mostra mais simpático ao trabalho de Gomide à frente de Anápolis, cravando 91,4% de aprovação na administração do prefeito. Neste tipo de avaliação, o governador Marconi Perillo é aprovado por cerca de 46% dos anapolinos, enquanto Dilma Rousseff recebe o sim de pouco mais de 45% dos habitantes da cidade.
A rejeição do prefeito anapolino na avaliação direta, a exemplo da avaliação por conceitos, é pequena. Antônio Gomide é rejeitado por 6,3% de seus eleitores, enquanto o governo Marconi Perillo não é bem avaliado por mais de 47% dos moradores da cidade. A pior média fica com a presidente Dilma Rousseff, que ultrapassa os 50% de desaprovação dentre os entrevistados.
Sentimento
Quando apresentados dados sobre o sentimento de cada um dos eleitores em relação a seus mandatários nas diferentes esferas, Dilma Rousseff e Marconi Perillo seguem juntos. Os números são negativos para ambos em quesitos como ‘Desconfiança’, ‘Rejeição’ e ‘Decepção’. A presidente da República atinge marca de 60,4% se somados os percentuais destas sensações, enquanto o governador de Goiás não fica muito atrás, com 58,7% de desaprovação.
Gomide, por sua vez, oscila um pouco em relação às avaliações anteriores. Pela primeira vez na pesquisa, o mandatário anapolino ultrapassa os dez pontos percentuais em avaliações negativas junto ao seu eleitor. Somadas as sensações que geram desconfiança, rejeição e decepção do entrevistado, o prefeito se aproxima de 11% (10,9%), quase dobrando os números de rejeição anteriores, de cerca de quatro e seis pontos percentuais.
Nos quesitos de aprovação, entretanto, o petista Antônio Gomide mais uma vez é bem avaliado em seu município, atingindo exatamente 76% de aprovação nos sentimentos de ‘Satisfação’ e ‘Confiança’.
Do outro lado da balança, Dilma Rousseff e Marconi Perillo confirmaram mais uma vez que terão muito trabalho em convencer o eleitor anapolino a ter confiança em seus nomes. Os dois seguem com a sina de desaprovação por parte dos entrevistados, atingindo apenas 27% em boas avaliações, o que demonstra a insatisfação do morador da cidade em relação ao governo e à presidência.

Inflação e violência tiram o sono dos anapolinos

A pesquisa Tribuna do Planalto/Grupom também trouxe dados relativos ao que mais preocupa os cidadãos de Anápolis. E, assim como já havia sido detectado pelo instituto Grupom nas pesquisas anteriores, realizadas em Rio Verde e Aparecida de Goiâ­nia, o maior medo dos anapolinos é a inflação e o aumento de preços, com mais de 60% de escolha.
O segundo item que mais consterna o cidadão anapolino é o mesmo que igualmente preocupa moradores das outras duas cidades. A violência, que há tempos é uma grande preocupação em todo o País, vem como segundo quesito que mais assusta os cidadãos da cidade, com mais de 52% de escolha.
Anápolis, neste ponto, não está no cerne dos locais mais violentos do Estado, como ocorre em relação à Região Metropolitana de Goiânia ou mesmo com a Região do Entorno de Brasília, líderes em estatísticas relacionadas à violência, segundo estudos apresentados em julho de 2013 pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, mas sua população, segundo apontam os números, também receia ser vítima deste mal.
Na preocupação dos eleitores de Anápolis, ainda aparecem com destaque ser vítima de alguma doença que atinge 42% da população, evidenciando o problema na falta de confiança na saúde pública, seguido de perto pelo receio de ficar sem dinheiro, item este que tira o sono de quatro entre dez anapolinos.
O menor medo do eleitor do município é ficar sem amigos, aflição que atinge 3,8% da população. Exatos 3% dos moradores de Anápolis não têm nenhuma preocupação. As respostas à pesquisa eram múltiplas, ou seja, cada entrevistado poderia enumerar até três itens entre os que o preocupa.

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75% dos domicílios acessam Internet

A cidade de Anápolis ultrapassa a média nacional em relação ao número de domicílios com acesso à Internet. É o que aponta a pesquisa Tribuna do Planalto/Grupom, realizada no município. Os domicílios de eleitores anapolinos contam com Internet em 75% do total.
No Brasil, segundo os últimos dados divulgados em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este número não ul­trapassa 47%. Os dados compilados em Anápolis também são mais altos que a média da Região Centro-Oeste, que conta, ainda segundo dados do IBGE, com 53,1% de domicílios com acesso à Internet.
O número de entrevistados que acessam a rede mundial de computadores, por outro lado, é mais baixo, chegando a apenas 53% da população, o que indica que muitos eleitores anapolinos não utilizam a rede como forma de acesso à informação ou mesmo ao entretenimento, mesmo tendo acesso à Internet em sua casa.
O Facebook é a rede social mais acessada dentre os que contam com Internet em suas residências. A rede de sociabilidade norte-americana atrai mais de 75% dos entrevistados, enquanto o Instagram é o segundo colocado com pouco mais de 13%. 18,1% do eleitorado de Anápolis diz não acessar as redes sociais.

 


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