A Eletrobras assinou nesta quarta (6) memorando de entendimentos com a francesa EDF para cooperação na área nuclear, envolvendo a possibilidade de parceria na conclusão da usina Angra 3, parada desde 2015.
Antes, a estatal já havia assinado acordos semelhantes com a chinesa CNNC (China National Nuclear Corporation) e com a russa Rosatom, outras duas importantes fabricantes de equipamentos para a geração de energia nuclear.
As três empresas são vistas como potenciais parceiras em uma possível retomada das obras da usina, que já consumiu mais de R$ 7 bilhões em investimentos mas ainda não tem prazo para entrar em operação.
Em comunicado distribuído nesta quarta, a Eletrobras diz que o acordo com a EDF prevê estudo de oportunidades para “colaborar na retomada e conclusão de Angra 3 e no desenvolvimento de novas usinas nucleares no Brasil”.
As obras da usina foram interrompidas em 2015 por divergências entre a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável pelas usinas de Angra, e os consórcios contratados em relação a custos.
Na época as empresas já eram investigadas pela Operação Lava Jato, que levou à prisão em 2016 o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, condenado a 43 anos por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e associação criminosa.
Segundo projeções do governo, o projeto ainda precisa de R$ 15 bilhões, mas depende de aumento da tarifa de sua energia, que está em discussão no Congresso com parte do debate sobre a privatização da Eletrobras. (Folhapress)
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